Thinkseg: Startup de tecnologia em seguros vai listar ações em Nova Iorque

O Grupo Thinkseg pediu, neste mês, a listagem da startup Thinkseg à Securities and Exchange Commission (SEC), que é a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos. A previsão é de que a operação de venda das cotas seja concluída em setembro.

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O CEO e fundador da Thinkseg, Andre Gregori, explica que os recursos captados com a oferta serão investidos em outra empresa, com estrutura financeira e jurídica própria, completamente separada da startup, inovadora na área de seguros.

“Estamos providenciando a oferta da Thinkseg, por meio de REG A+, que é uma forma de isenção para ofertas públicas até US$ 75 milhões”, explica Gregori.

A Thinkseg, que atua no desenvolvimento da tecnologia em seguros no Brasil, com uso de inteligência artificial, já está presente em outros países da América Latina, mas com a operação de listagem direta, agora, mira Estados Unidos e México.

Thinkseg opta pela listagem direta

A empresa explica que a listagem direta – em inglês, Direct Listing Process (DLP) – dispensa a necessidade de “road show” e de contratação de subscritor para a operação. Trata-se de um processo de oferta ao público menos demorado e caro do que as tradicionais ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Basta a inscrição na SEC, mas sem a exigência de extensos documentos.

Segundo o sócio e estruturador da operação de DLP nos Estados Unidos, Jose Rozinei da Silva, a Thinkseg segue a tendência de fintechs como Spotify, Robinhood e, mais recentemente, Coinbase, startu-ups que se tornaram gigantes no mercado e optaram pelo DLP em vez do IPO.

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Durante a operação, em plataforma online, investidores do mundo todo podem adquirir cotas, sejam institucionais, qualificados e pessoas físicas, desde que tenham conta nos Estados Unidos para liquidação da operação. “O preço mínimo da cota será de US$ 500”, diz Gregori.

Para que a Thinkseg obtivesse permissão para captação de recursos nos Estados Unidos, por meio da listagem direta DLP, foi necessária a abertura da mesma startup com sede norte-americana, sem vínculo societário com a empresa no Brasil. Ambas detêm a mesma tecnologia aplicada em seguro para automóveis.

No Brasil, o assunto vem sendo discutido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com participantes do mercado, antes de levar adiante uma possível regulação para esse tipo de operação.

Startup de tecnologia em seguros

Criada em 2016, a startup de tecnologia em seguros Thinkseg oferece produtos personalizados, com aplicação de tecnologia e inteligência artificial em seguros. Em meados de 2018, foi a primeira insurtech a realizar uma transação no Brasil com a aquisição da plataforma digital de seguros e produtos financeiros Bidu.

No início de 2019, fechou parceria com a seguradora italiana Generali, de atuação mundial, para a comercialização do primeiro seguro por assinatura mensal no País, chamado Pay Per Use. Em outubro de 2020, a Thinkseg foi selecionada para integrar o sandbox da Susep. Atualmente, o Grupo Thinkseg é composto pela plataforma digital Bidu, pela área do Pay Per Use e pela área do seguro garantia (Thinkseg Corporate).

Com informações do Estadão Conteúdo

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Laura Moutinho

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