SoftBank cria fundo com US$ 3 bilhões para investir na América Latina

O SoftBank criou um segundo fundo para aportes em empresas de tecnologia batizado de “Fund II”. O fundo terá o valor inicial de US$ 3 bilhões (cerca de R$ 15,7 bilhões) e o conglomerado japonês avalia reforçar os investimentos em startups da América Latina.

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O primeiro fundo do SoftBank foi lançado em 2019 e contava com o valor de US$ 5 bilhões e investiu em startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão (unicórnio). Empresas como QuintoAndar, Gympass, Loggi, Creditas e MadeiraMadeira estão entre as nacionais apoiadas pelo conglomerado.

Além da conhecida startup colombiana Rappi. Dos 25 unicórnios latinoamericanos, o grupo investiu em 15.

O SoftBank anunciou que os setores de comércio eletrônico, serviços financeiros digitais, saúde, educação, blockchain e software corporativo estão no radar do novo fundo. O conglomerado pretende investir em empresas em todos os estágios de seu desenvolvimento, desde a fase inicial até se tornarem públicas.

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“No primeiro fundo temos uma taxa interna de retorno (TIR) de 104% em moeda local, uma das melhores do mundo e definitivamente a melhor na família de fundos do Softbank e uma das explicações para isso é que a região teve escassez de capital por tempo demais. Masa [Masayoshi Son, CEO do SoftBank]e eu estamos comprometidos com a América Latina”, disse vice-presidente e chefe de operações (COO) do grupo, Marcelo Claure, ao jornal Valor Econômico.

Para o conglomerado japonês a América Latina é uma das regiões econômicas mais importantes do mundo.

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SoftBank registra queda no lucro do 2ºtri com prejuízo em startups chinesas

O SoftBank viu seu lucro líquido do segundo trimestre de 2021 cair 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. A perda financeira acontece depois de o conglomerado japonês ter registrado prejuízo em investimentos em startups que fazem parte de sua carteira.

Entre abril, maio e junho deste ano, o SoftBank lucrou 761,5 bilhões de ienes, equivalente a US $ 6,9 bilhões. Essen valor é 39% menor do que o registrado em 2020 e apenas uma fração dos 4,99 trilhões de ienes, ou US $ 45,9 bilhões, do trimestre encerrado em março, quando o conglomerado japonês teve o maior lucro da história.

Se no primeiro trimestre o Vision Fund teve forte impacto no aumento do lucro, entre abril e junho o fundo fez o serviço contrário: agravou a queda. Diversos investimentos do fundo despencaram, principalmente das empresas de tecnologia, depois que a China apertou suas restrições e endureceu políticas de competitividade.

Com isso, a participação do SoftBank no Alibaba (BABA34), por exemplo, deixou de valer centenas de bilhões de dólares para dar prejuízo na mesma medida.

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Poliana Santos

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