SNID11: por que FI-Infras são melhores que debêntures incentivadas?

Nos últimos anos, os fundos de infraestrutura, como o SNID11, se consolidaram como uma das formas mais eficientes e acessíveis de investir em debêntures incentivadas, que são títulos de dívida emitidos por empresas que financiam projetos estratégicos de energia, saneamento, transporte e outros setores essenciais. Mas você sabe quais são as vantagens de acessar essas debêntures por meio dos FI-Infras?

Entre os fundos da categoria, o SNID11, gerido pela Suno Asset, tem se destacado por combinar diversificação, gestão ativa e isenção fiscal, três fatores que ajudam a reduzir riscos e ampliar o potencial de retorno no longo prazo.

Mas os pontos positivos não param por aí. Entenda a seguir por que investir em fundos de infraestrutura tende a ser mais vantajoso do que comprar debêntures diretamente:

Diversificação: o primeiro escudo contra o risco

Ao comprar uma debênture isolada, o investidor concentra seu risco em uma única empresa emissora. Caso ocorra um evento de inadimplência, por exemplo, perda pode ser significativa.

Nos fundos de infraestrutura, é diferente: o investidor compra uma cesta com dezenas de títulos, cada um com diferentes prazos, emissores e garantias.

O SNID11, por exemplo, possui 47 debêntures de 31 emissores distintos, o que dilui de forma relevante o impacto de eventuais oscilações ou calotes individuais.

Segundo Rodrigo Wainberg, gestor do fundo, essa pulverização é essencial para proteger o patrimônio dos cotistas:

“Se o investidor comprar uma debênture e ela ficar inadimplente, ele pode perder até 60% do valor investido. Mas se essa mesma debênture representa apenas 4% da carteira de um fundo, o impacto no valor patrimonial é de apenas 2,4%”, explica.

Além disso, o SNID11 adota um modelo interno de limites de exposição por emissor e setor, revisados periodicamente conforme a avaliação de risco e de liquidez de cada ativo, uma estratégia que vem garantindo ao fundo um histórico sem inadimplências desde sua criação.

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Gestão profissional e acesso a oportunidades exclusivas

Outras diferenças entre investir em debêntures individualmente e investir via FI-Infra estão no nível de acesso e na gestão oferecida pelo fundo.

Wainberg explica que, enquanto o investidor pessoa física enfrenta barreiras para adquirir alguns papéis, que muitas vezes têm valor mínimo de aplicação ou são restritos a investidores profissionais, os fundos conseguem participar de emissões exclusivas e de baixa liquidez no mercado secundário.

“Tem muita debênture que nem chega ao investidor pessoa física, porque os fundos encarteiram logo na emissão. E quando há negociação, o investidor individual costuma pagar caro no spread da corretora”, afirma.

Em relação à gestão, o Suno Infra conta com um processo de análise de crédito estruturado, que combina projeções financeiras sob cenários de estresse, verificação de garantias reais e um modelo interno de rating baseado nos 3Cs (Caráter, Capital e Colateral). Essa metodologia garante que apenas emissores sólidos e com boa governança façam parte da carteira.

Liquidez e eficiência tributária

Enquanto uma debênture depende de negociação direta com a instituição emissora ou distribuidora, as cotas de FI-Infra são negociadas diariamente na Bolsa de Valores, o que confere liquidez muito superior.

Além disso, os fundos de infraestrutura são duplamente isentos de Imposto de Renda: não há tributação nem sobre os rendimentos mensais, nem sobre o ganho de capital obtido com a venda das cotas.

Essa vantagem tributária tem um impacto direto na rentabilidade líquida, especialmente em momentos de inflação elevada.

“Se você compra o Tesouro IPCA+, por exemplo, vai pagar IR sobre o prêmio e também sobre o IPCA, que seria apenas o reajuste do poder de compra. Nos FI-Infraa, a isenção é completa, e quanto maior o IPCA, maior a diferença de rentabilidade a favor dos fundos”, explica Wainberg.

Praticidade, segurança e rentabilidade

Portanto, assim como em qualquer aplicação, investir em FI-Infras não significa estar livre de riscos, mas, em comparação com a compra de debêntures individuais, o risco é mais diluído e gerenciado de forma profissional.

Na prática, investir em um FI-Infra bem gerido é como acessar o melhor dos dois mundos:
a segurança e previsibilidade típicas da renda fixa, combinadas com o potencial de valorização e isenção tributária dos fundos listados em bolsa.

No caso do SNID11, a estratégia da Suno Asset une análise criteriosa e disciplina de alocação para preservar o capital e entregar resultados consistentes.

“Nosso foco não é alavancar o fundo em busca de carrego a qualquer custo. Buscamos valor com responsabilidade e consistência de resultado, sem comprometer a saúde da carteira”, afirma Wainberg.

Por isso, os FI-Infras vêm conquistando mais espaço entre investidores que buscam renda recorrente, proteção contra a inflação e gestão profissional de risco, enquanto o SNID11, por sua vez, vem se destacando cada vez mais dentro do segmento.

Guilherme Serrano Silva

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