SNEL11 fecha na máxima histórica ajustada após anunciar conexão de usina em MG
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O fundo imobiliário SNEL11, criado pela Suno Asset para investimento em energias limpas, fechou em sua cotação máxima ajustada por dividendos no pregão desta sexta-feira (29), negociado a R$ 8,61. O valor representa 1,65% de valorização em relação ao fechamento da véspera, em R$ 8,47.
É o maior valor de mercado nominal do SNEL11 para um fechamento de pregão desde 29 de maio, quando o preço era de R$ 8,64. A alta ocorreu no primeiro pregão após o anúncio da conexão da usina fotovoltaica São Bento Abade, no interior de Minas Gerais, à rede elétrica da Cemig, concessionária responsável pela distribuição no Estado.
Com a conexão, o FII já pode alugar o imóvel para empresas que atuam no mercado de geração distribuída e, assim, ampliar sua receita imobiliária. Esse crescimento, contudo, não será imediato, já que o mercado de energia tem uma série de características distintas que fazem com que possa haver um delay de alguns meses entre locações e o efetivo recebimento dos recursos pelo proprietário.
A usina, localizada no município de São Bento Abade, tem capacidade instalada de 7,00 MWp (5,00 MW AC) e integra o portfólio construído no âmbito da segunda emissão de cotas do SNEL11. As obras foram finalizadas em dezembro de 2024 e o SNEL11 aguardava a conclusão das obras de reforço da rede pela concessionária local para energização.
Ao todo, o fundo da Suno Asset detém a propriedade de 17 usinas fotovoltaicas. Algumas foram construídas pelo próprio fundo e outras foram adquiridas quando já estavam prontas e em operação. Em junho, o FII registrou sua maior receita de locação, no valor de R$ 1,868 milhão.
SNEL11 tenta ampliar capacidade de investimentos com oferta
Assim que a usina passe a gerar receitas, elas serão incluídas no cálculo regular dos dividendos do SNEL11, que nos últimos 14 meses foram estabilizados em R$ 0,10 por cota, com uma rentabilidade superior a 14% ao ano, isenta de tributação. O pagamento referente aos valores de julho foi realizado na última segunda-feira (25), de acordo com a posição dos cotistas em 15 de agosto.
A fim de ampliar a capacidade de investimento e geração de receita, o SNEL11 está realizando sua 4ª oferta de emissão de cotas, que tem a intenção de captar cerca de R$ 637 milhões. A janela inicial para investidores institucionais e não institucionais ficará aberta até 9 de setembro, na B3, e 23 de outubro, no escriturador. Na B3 haverá outros períodos de coleta de intenções: o primeiro vai de 16 a 22 de setembro e o segundo, de 29 de setembro até 23 de outubro.
O preço unitário é de R$ 8,60. Desse valor, R$ 8,32 se referem ao valor da cota e R$ 0,28 são o custo da subscrição. Os recursos, segundo o pipeline apontado pela Suno Asset, serão usados na compra de até 18 usinas prontas e 4 em projeto de construção. A ideia é ampliar o patrimônio líquido para perto de R$ 1 bilhão.
O SNEL11 tem colhido nos últimos meses vários sinais de reconhecimento do mercado, com aumentos constantes na liquidez média e na base de investidores, que está perto de atingir 40 mil cotistas. Para a gestora, esse momento é um sinal de aprovação à tese de investimentos do fundo, que visa entregar rentabilidade real a investidores dispostos a acreditar no potencial de crescimento do mercado de energia renovável.
