SNEL11 amplia receita com contratos de locação para três usinas fotovoltaicas

Em comunicado aos investidores, o fundo imobiliário SNEL11 anunciou a conclusão dos contratos de locação das usinas fotovoltaicas (UFVs) Amontada 2 e San Remo 1 e 2. Os contratos representam um acréscimo de R$ 0,88 por cota à receita do fundo, tendo sido formalizados em janeiro deste ano.

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O contrato referente à UFV Amontada 2 segue o modelo de energia compensada e tem vigência de 15 anos. O locatário é parte do mesmo grupo econômico da 9Energia, empresa responsável pela construção da UFV. A UFV Amontada 2 entrou em operação em 5 de fevereiro de 2022, com uma capacidade instalada de 1,2 MWp (megawatts-pico) e uma rentabilidade superior a 20% ao ano, já líquida dos custos do fundo.

Para as UFVs San Remo 1 e San Remo 2 foram firmados contratos de locação com a Matrix, com duração também de 15 anos e seguindo o modelo de Take or Pay. A Matrix é reconhecida como uma das maiores comercializadoras de crédito de energia em 2022, e sua estrutura societária inclui a Duferco, com receita de US$ 45,8 bilhões em 2023, e a Prisma Capital, especializada em gestão de ativos alternativos.

A UFV Itabira 1, adquirida em dezembro de 2023, teve seu primeiro mês completo sob a posse do fundo em janeiro de 2024. Seu contrato de locação também segue o modelo Take or Pay, com duração de 10 anos, e tem a CMU Energia como locatário, parte de grupos como ABRACEEL e BBCE.

As UFVs Petrolina estão em fase de obras, com conclusão prevista um pouco acima de 60%, e a expectativa é de que o processo de energização ocorra em março, conforme o cronograma estabelecido pela CELPE. O contrato de locação dessas UFVs está em discussão com a Contraparte 1.

Retorno do SNEL11

Em janeiro, o SNEL11 apresentou um retorno total de +2,72%, superando o CDI com 241,8% de rentabilidade.

A distribuição de proventos do SNEL11 foi de R$ 1,55 por cota, equivalente a 1,23% ao mês (113,5% do CDI, considerando retorno de ativos tributados em 15%). O volume negociado no mês foi de R$10.724.070, com um volume médio diário de R$487.458.

O fundo atualmente possui oito usinas solares em sua carteira, distribuídas em Minas Gerais, Pernambuco e Ceará.

Suno Asset adquire usina de energia solar para integrar fundo

Em janeiro, a Suno Asset, comprou a usina da Itabira Energia Solar, em Minas Gerais. Negociada a R$ 16,2 milhões, a propriedade fará parte do fundo imobiliário Suno Energias Limpas.

Segundo comunicado da Suno, a usina da Itabira deverá contribuir com R$ 0,18 por cota ao mês para a receita do fundo.

O SNEL11 foi fundamentado e criado no final de 2022, só tendo entrado em negociações na bolsa de valores (B3) neste último mês de dezembro. A sua primeira distribuição de rendimentos mensais aconteceu em novembro de 2023, com R$ 1,50 por cota aos investidores. Em dezembro, o valor subiu para R$ 1,55 por cota.

“O SNEL11 é um fundo que capta dinheiro no mercado para desenvolver projetos de energia. A gente entra totalmente no equity e busca projetos na fase greenfield, ainda em estagio embrionário”, explica Amanda Coura, Diretora de Gestão da Suno Asset. “Essa é uma estratégia do fundo, para acompanhar o crescimento dos empreendimentos.”

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Fundo busca diversifica atuação em regiões do Brasil 

Segundo Rafael Menezes, especialista em energia da Suno Asset, o SNEL11 fechou recentemente a captação de R$ 88,8 milhões, que serão destinados para novos projetos nos estados do Ceará, Goiás, Espírito Santos, Bahia e Minas Gerais, atendendo ao princípio do fundo de buscar uma diversificação de regiões.

Além disso, o SNEL11 busca construir sete usinas solares — em Minas Gerais, Pernambuco e no Ceará — com uma capacidade total instalada de 11 MW. Isso será feito com R$ 50 milhões levantados na segunda captação, em dezembro do ano passado, a fim de encurtar os prazos de due dilligence para poder dar início às obras de preferência entre os meses de março e abril de 2024.

Na primeira emissão do SNEL11, o preço de subscrição foi de R$ 100. Na segunda emissão, R$ 16 por cota (taxa de ingresso) serão aportados pelos cotistas para gerar uma renda mínima garantida, dada a nova curva de desenvolvimento de projetos que esta emissão financiará. Inicialmente, a operação está avaliada em R$ 166 milhões.

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Vinícius Alves

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