SNCI11 atinge maior spread de crédito histórico e rende 12,5% ao ano

Recentemente o Fundo Imobiliário (FII) de Papel da Suno, o SNCI11, publicou seu primeiro relatório gerencial em PDF, atendendo aos pedidos da base de mais de 40 mil cotistas. O relatório, referente ao mês de julho, mostra o maior spread de crédito histórico do fundo.

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Isso porque o SNCI11 fechou o mês com 372 bps de spread, considerando a proporção de indexadores do fundo e seus respectivos spreads individuais, ficando 89 bps acima do spread médio histórico do fundo.

Além disso, o fundo mantém um rendimento proporcional em dividendos – ou dividend yield (DY) – de 12,5%.

Nos destaques do mês, a gestão apontou que foi realizado o investimento em tranches de duas operações da carteira no montante de R$ 11,4 milhões.

A maior delas (R$ 6 milhões) foi em uma operação com yield superior ao patamar médio do fundo.

“Além disso, foi realizada a venda parcial de uma operação em formato de compromissada para proporcionar a integralização de maior yield supracitada. Com isso, a Gestão pretende recolher uma rentabilidade adicional em prol dos nossos cotistas”, diz a gestão.

Segundo a Suno Asset, o SNCI11 tem sido capaz de oferecer retornos superiores ao investimento na taxa livre de risco do pais.

“O entendimento da Gestão, com isso, é de que, ao longo dos próximos meses, deveremos observar uma certa estabilidade desse Spread, na medida em que o spread over B deve seguir sendo reduzido moderadamente enquanto a SELIC deve ser diminuída pelo Banco Central”.

Alterações no SNCI11 com desaceleração do IPCA

Em parte da carta de gestão, os responsáveis pelo FII de papel da Suno explicam o motivo da queda de rendimentos mensais do patamar de R$ 1,10, mantida pela Gestão nos últimos 3 meses (abril, maio e junho), para os atuais R$ 1,00.

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“Em primeiro lugar, devemos entender que, como mencionado, o SNCI11 conta com mais de 70% de seu PL atrelado a ativos indexados em IPCA. Dessa forma, alterações significativas no patamar desse índice tem influência relevante no resultado dos CRIs do fundo”, diz a gestão.

‘Sabendo disso, podemos observar que o IPCA vem sendo divulgado em patamares consideravelmente inferiores àqueles dos primeiros meses de existência do fundo e dos primeiros meses do ano, sobretudo nos últimos 3 meses, a partir de maio”, prossegue.

Mudanças na carteira do FII

Conforme explicado pela casa, em julho foram realizadas duas compras e uma venda de ativos na carteira do SNCI11.

No dia 19 o fundo fez a 3ª integralização no CRI Astir, adquirindo então 4.858 cotas do CRI a um PU de 1.112,61, totalizando um investimento de R$ 5,41 milhões.

“Essa é uma operação que está sendo rentabilizada a IPCA + 8,75%, em linha com o yield médio do fundo para esse indicador”, explica a Suno Asset.

Dois dias depois, foi feita a venda parcial do CRI Primato – das 10.000 cotas da carteira, foram negociadas 6.033 a um PU de 995,29, totalizando a entrada de R$ 6,00 milhões para o fundo.

O CRI Primato é rentabilizado a uma taxa de CDI + 4%, abaixo do yield médio do fundo para esse indicador.

Por fim no dia 28 foi realizada a compra do CRI Bit Série 2.

Apesar de se tratar da 2ª integralização prevista para o investimento no projeto Bit Barueri, o código do ativo foi diferente daquele da primeira integralização, o que significa uma nova operação para a carteira do fundo.

“Foram compradas 6.000 cotas a um PU de R$ 1.000,00, totalizando o investimento de R$ 6 milhões do fundo. O CRI Bit Série 2 é rentabilizado a uma taxa de CDI + 5.5%, acima do yield médio do fundo para esse indicador”, explica a gestão do SNCI11.

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Eduardo Vargas

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