Slack apela à UE para investigação antitruste contra Microsoft

A plataforma de comunicação comercial Slack solicitou nesta quarta-feira (22) aos reguladores antitruste da União Europeia (UE) uma investigação para apurar um suposto abuso de domínio de mercado por parte da Microsoft.

A Slack  alegou que o problema está no software de produtividade Teams, da Microsoft, que registrou um forte aumento na demanda. O movimento ocorre em função da necessidade dos funcionários trabalharem remotamente devido às medidas de restrição para conter a disseminação do novo coronavírus.

Dessa forma, a empresa informou que prestou queixa contra a empresa norte-americana na Comissão Europeia. A plataforma Teams compete com a Slack e o Zoom, que também registraram maior procura por chamadas de vídeo.

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“A Microsoft vinculou ilegalmente seu produto Teams ao seu conjunto de produtividade Office dominante no mercado, forçou a instalação por milhões, bloqueou sua remoção e escondeu o verdadeiro custo para os clientes”, argumentou a Slack.

O conselheiro geral da empresa, David Schellhase, ainda acusou a gigante do Vale do Silício de reverter comportamentos passados “Eles criaram um produto fraco e imitador, vinculando-o ao produto dominante do Office, forçando a instalação e o bloqueio de sua remoção, uma cópia oculta de seu comportamento ilegal durante as ‘guerras dos navegadores’”, alegou.

Comissão Europeia já multou Microsoft em outras ocasiões

A Comissão Europeia confirmou o recebimento da denúncia, comunicando que irá avaliar conforme seus procedimentos. A Microsoft não respondeu de imediato.

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O órgão da UE já multou a companhia norte-americana em outras ocasiões por utilizar mecanismos irregulares. A Comissão Europeia aplicou em fevereiro de 2008 uma multa recorde à Microsoft, de 899 milhões de euros (cerca de R$ 5,32 bilhões) por ter desrespeitado sanções anteriores em investigação de uma década por violações das leis antimonopólio.

Arthur Guimarães

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