SEC irá propor mudanças no mercado acionário dos EUA, diz jornal

A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos Estados Unidos, está se preparando para propor grandes mudanças na regulação do mercado acionário, de acordo com reportagem do The Wall Street Journal.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/05/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Funcionários da SEC falaram a respeito dos planos preliminares com participantes do mercado nas últimas semanas, e o presidente da SEC, Gary Gensler, planeja detalhar algumas das possíveis mudanças na quarta-feira (8), segundo a reportagem.

No ano passado, Gensler já havia orientado a equipe da SEC a explorar novas maneiras de tornar o mercado de ações mais eficiente para pequenos investidores e empresas públicas.

De acordo com a reportagem do WSJ, houve uma sugestão por parte da equipe do SEC que ganhou força: exigir que as corretoras tenham a maioria das ordens de investidores individuais encaminhadas para leilões em que tradings concorram para executá-las.

Essas ordens representam a maior parte das negociações de investidores individuais, e elas não especificam um preço mínimo ou máximo que o investidor está disposto a pagar. Assim, o presidente da SEC afirmou que quer garantir que os corretores executem ordens ao melhor preço possível para os investidores.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/04/1420x240_TEXTO_CTA_A_V10.jpg

Outro ponto sugerido pelos funcionários da SEC é reduzir a taxa máxima que as bolsas podem cobrar das corretoras para acessar suas cotações.

Leia mais

SEC processa Vale (VALE3) por informação enganosa sobre barragem de Brumadinho

A comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, a SEC, está processando a Vale (VALE3) por violar as leis da autarquia ao fazer divulgações falsas e enganosas sobre a segurança de suas barragens antes do desastre de 2019, de Brumadinho (MG), que teve 270 vítimas fatais.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

De acordo com a SEC, a Vale manipulou auditorias de segurança de barragens e obteve certificados de estabilidade fraudulentos enganando os governos locais e os investidores com a sua política ESG (ambiental, social e governança). Em seus relatórios a mineradora brasileira dizia que seguia as “práticas internacionais mais rígidas” para segurança de barragens.

Segundo a normativa atual, as empresas públicas devem transparecer acontecimentos e riscos relevantes para “decisões de investimento” pelos acionistas.

“Muitos investidores confiam em divulgações de ESG como as contidas nos relatórios anuais de sustentabilidade da Vale e outros registros públicos para tomar decisões de investimento informadas”, disse o diretor de aplicação da SEC, Gurbir S. Grewal, ao jornal norte-americano The Wall Street Journal.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/Ebook-Acoes-Desktop-1.jpg

“Ao manipular essas divulgações, a Vale agravou os danos sociais e ambientais causados ​​pelo trágico rompimento da barragem de Brumadinho e prejudicou a capacidade dos investidores de avaliar os riscos representados pelos títulos da Vale”, completou o diretor.

Dessa forma, a SEC entrou com seu processo de fraude civil no tribunal federal de Brooklyn, buscando como soluções multas e reembolso no que a autarquia considera ‘ganhos ilícitos’. A agência já havia sinalizado que as empresas deveriam divulgar os riscos relacionados ao clima se fossem relevantes para os investidores.

Portanto, o caso contra a Vale se assemelha a processos anteriores que a SEC moveu contra empresas acusadas de enganar investidores sobre problemas que mais tarde se transformaram em uma grande crise. Odesastre de Brumadinho — que já custou ao menos US$ 7 bilhões à Vale — é considerada como lesiva ao investidor, uma vez que a mineradora não transpareceu com precisão os fatos e riscos do caso.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/03/1420x240-Controle-de-Investimentos.png

Tags
Victória Anhesini

Compartilhe sua opinião