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Samarco rejeita pedido para retomar reestruturação de dívidas

A Samarco rejeitou o pedido formal de seus credores para reiniciar as negociações de reestruturação de dívidas. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (6), pela agência de notícias “Bloomberg”.

Segundo fontes familiarizadas com o assunto, a Samarco informou que precisa reforçar seu plano de negócios antes de retomar as negociações de cerca de US$ 2,9 bilhões (R$ 11,7 bilhões) em dívidas inadimplentes. A mineradora salientou que estará em desvantagem caso isso não ocorra.

A empresa comunicou que pretende reiniciar a produção de minério de ferro no segundo semestre deste ano. A retomada da produção ocorrerá após a empresa assegurar todas as exigências das autoridades. Com isso, a mineradora aumentará sua capacidade de pagar os credores.

Os detentores de aproximadamente US$ 2,2 bilhões em títulos de dívida da mineradora, com vencimento em 2022 e 2024, poderão ser prejudicados pelo atraso das negociações, de acordo com as fontes. Os pagamentos destes títulos estão atrasados há cerca de quatro anos.

As negociações de reestruturação de dívidas foram interrompidas em janeiro de 2019 após o rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais. Isso ocorreu pois a Vale (VALE3), empresa responsável pela barragem, possui 50% da Samarco.

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Antes disso, as operações da mineradora já estavam paralisadas desde o rompimento da barragem de Bento Rodrigues, na cidade de Mariana, também em Minas Gerais, que ocorreu em 2015. A joint-venture entre a Vale e a BHP era responsável por operar a barragem.

Samarco é autorizada a retomar operações

A Samarco recebeu, no final de outubro, a última licença que precisava do governo de Minas Gerais para retomar suas operações. Na ocasião, a Vale publicou um fato relevante informando que a mineradora deverá reiniciar suas atividades no final de 2020.

Saiba mais: Samarco recebe autorização para retomar suas operações

Segundo o comunicado, a empresa pretende retomar as operações por meio do uso de tecnologias direcionadas ao empilhamento de rejeitos a seco. O tempo de implantação nos novos sistemas de tecnologia é estimado em um ano. Neste período, a mineradora atuará na manutenção de equipamentos.

“Com essa autorização, a Samarco agora detém todas as licenças ambientais necessárias para reiniciar suas operações, um marco importante que demonstra seu compromisso com a retomada de produção de maneira segura e sustentável”, diz o comunicado divulgado pela Vale.

Giovanna Oliveira

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