Sabesp (SBSP3): governo pavimenta caminho e fortalece privatização; ações disparam 5%

O governo do Estado de São Paulo estabeleceu um novo regulamento para a governança das Unidades Regionais de Saneamento Básico (Uraes), modificando as regras de um decreto anterior de 2021 e contemplando a Sabesp (SBSP3) nessa decisão.

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Com a notícia, as ações da Sabesp subiram 5,93% nesta quarta (16).

A publicação de um decreto no Diário Oficial desta quarta- (16) ocorre em meio às discussões sobre a privatização da Sabesp e negociações entre o poder estadual e municipal sobre a entrada da capital na Urae. A adesão é vista como um passo importante para a desestatização da companhia.

A Prefeitura de São Paulo e o governo do Estado negociam a adesão da capital paulista à Urae, composta por municípios atendidos pela Sabesp. A adesão daria mais segurança jurídica para evitar o rompimento de contratos futuros pelo município.

Segundo o Itaú BBA, o texto estabeleceu as regras de governança para as Uraes. O peso dos votos será proporcional à população: 6% do peso será atribuído a membros da sociedade civil, para a população da região metropolitana, 50% dos 94% restantes serão alocados ao Estado e 50% aos municípios.

Para a população fora das regiões metropolitanas, 100% dos 94% restantes são destinados aos municípios e nenhum poder de voto vai para o Estado de São Paulo.

O novo decreto dá 180 dias para os municípios que ainda não aderiram à Urae o fazerem, incluindo a capital.

A publicação do decreto é um “importante marco para o processo de privatização“, avalia o Itaú BBA. O banco menciona que a possível adesão de São Paulo às Uraes facilitaria a negociação dois termos de negociação entre Estado e municípios. “Se confirmada, a adesão seria um gatilho muito positivo para a Sabesp”, dizem analistas em relatório.

Com a notícia, as ações de Sabesp chegaram a tocar mais de 7% de valorização nesta tarde, figurando entre as maiores altas do Ibovespa.

Veja o último resultado da Sabesp

A companhia fechou o segundo trimestre de 2023 com lucro líquido de R$ 743,7 milhões, aumento de 76,1% na comparação anual, quando registrou ganhos de R$ 422,4 milhões.

receita operacional líquida da Sabesp, a qual considera a receita de construção, chegou a R$ 6,154 bilhões no 2T23, aumento de 16,9% na comparação anual.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Sabesp no segundo trimestre chegou a R$ 2,220 bilhão, aumento de 47,1% frente ao mesmo período de 2022, desconsiderando os efeitos do Programa de Desligamento Incentivado – PDI.

Como consequência, a margem Ebitda ajustada ao PDI atingiu 36,1% ante 28,7% e a margem Ebitda ajustada (sem PDI e sem receita de construção) atingiu 45,4% ante 36,7%.

As receitas de serviços de saneamento da Sabesp chegaram a R$ 740,8 milhões no segundo trimestre, alta de 16,6% na base anual, o que a companhia atribuiu a:

  • Impacto médio de 11,9%, resultante dos reajustes tarifários de 12,8% desde maio de 2022 e de 9,6% desde maio de 2023;
  • Aumento de 2,6% no volume faturado total;
  • Aumento da tarifa média pelo incremento nas faixas de maior consumo da categoria residencial.

Segundo a Sabesp, no 2T23, foi registrada provisão para os incentivos indenizatórios dos empregados que aderiram ao PDI no montante de R$ 529,6 milhões com payback ligeiramente superior a 12 meses.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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