Renner (LREN3) lança fundo de R$ 155 milhões para investir em startups

A Lojas Renner (LREN3) lançou nesta quinta-feira (10) o RX Ventures, um fundo de Corporate Venture Capital (CVC), que tem como objetivo investir no crescimento de startups focadas em soluções inovadoras para todo o ecossistema de moda e lifestyle.

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O RX Ventures da Renner chega ao mercado com R$ 155 milhões de capital, como um dos maiores fundos de corporate venture capital já lançados no País e o primeiro do varejo de moda brasileiro estruturado dentro do modelo de FIP (Fundo de Investimento em Participações).

Os aportes pela varejista de moda prevê um período de quatro anos de investimento e mais quatro para desinvestimento, buscando pelo menos dez empresas. Além disso, a operação do RX Ventures prevê uma dinâmica de gestão integrada com a gestora parceira escolhida, a PortCapital.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a varejista de moda afirma que irá priorizar cinco segmentos. São eles:

  • Fashion & Retail Tech (varejo de moda),
  • E-Commerce e Marketplace,
  • MarTech (conteúdo, marketing e branding),
  • FinTech (soluções financeiras) e
  • LogTech (logística e supply chain).

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Os critérios para alocação dos recursos pela Renner incluirão também o comprometimento das startups com boas práticas ESG (ambientais, sociais e de governança), um dos pilares da estratégia e das operações da companhia.

“No encerramento do ciclo de aporte, cada participação do CVC poderá evoluir para uma aquisição de controle, uma venda ou então contribuir para a abertura de capital”, afirma a empresa.

Lojas Renner (Foto: Divulgação)
Lojas Renner (Foto: Divulgação)

Avanço da Shein no Brasil impacta a Renner (LREN3)?

A Shein, maior empresa de fast-fashion do mundo, está se preparando para desembarcar no Brasil. Diante disso, como fica o mercado para varejistas de moda como Lojas Renner (LREN3), C&A (CEAB3) e Hering, que agora é do Grupo Soma (SOMA3)?

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Para a XP, as principais prejudicadas são as varejistas brasileiras que focam na média/ baixa renda, visto que os preços da Shein competem principalmente com esse segmento no setor. Para a corretora, a varejista chinesa ganha nos seguintes aspectos:

  • velocidade e atualidade dos itens de moda;
  • vasto sortimento de produtos, e
  • posicionamento de preço bastante competitivo.

Mas existem pontos negativos também: falta de multicanalidade e problemas no processo de logística reversa.

Nesse sentido, o relatório indica ser importante observar os próximos movimentos da Shein no Brasil, para ter mais informações sobre o impacto para as varejistas locais. Em uma análise prévia, eles indicam que as principais impactadas devem ser C&A, Lojas Renner e Hering, nesta ordem.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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