Renda variável ganha fôlego com corte de juros e controle fiscal do governo; veja ranking de investimentos

O corte nos juros básicos da reunião do último dia 2 pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) confirmou a expectativa do mercado. Essa projeção já era observada diante da migração de investidores do Tesouro para a renda variável em julho – que agora ganha cada vez mais espaço no ranking de investimentos do mês.

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Segundo o levantamento mensal do buscador de investimentos Yubb, os investidores no Brasil seguiram buscando por mais ativos de renda variável no mês passado, fortalecendo um fluxo no mercado de capitais que vem em uma crescente desde maio.

Segundo o gestor de Renda Variável na Az Quest, João Mamede, a expectativa é de que haja uma migração para renda variável nos próximos trimestres à medida em que os juros caiam.

“O início do ciclo de afrouxamento monetário promovido pelo Banco Central deve forçar os investidores a adicionar um pouco mais de risco aos seus portfólios e procurar produtos como a renda variável”, afirmou o gestor.

Apesar dessa migração, a renda fixa segue liderando os investimentos – com 13,25% de juros ao ano a taxa ainda é muito vantajosa. Os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs) lideram o ranking pelo oitavo mês consecutivo.

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As letras de créditos foram ultrapassadas em julho pelos fundos multimercados, que assumiram a segunda posição podendo apostar em renda fixa e em variável tanto aqui quanto no exterior.

Se bem gerido, este é um veículo de investimentos que tende a ganhar com a inversão de mão das políticas monetárias dos banco centrais brasileiro e os de países do Hemisfério Norte, particularmente nos Estados Unidos e na Europa.

Veja o ranking de investimentos levantado pela Yubb

PosiçãoInvestimento
CDBs
Fundos Multimercado
LCIs e LCAs
Ações
LCs e RDBs
Fundos Imobiliários (FIIs)
Tesouro Direto
Fundos de ações
Criptomoedas
10ºDebêntures
Investimentos mais procurados em julho: Fonte: Yubb

Renda variável: menores taxas de descontos para ações

“Em um cenário de juros mais baixos, as empresas passam a conviver com o custo para se financiar mais baixos e isso ajuda nos resultados futuros. Adicionalmente, as taxas de desconto para as ações são menores neste cenário, o que aumenta o potencial de valorização das ações dessas empresas. Com isso, as ações tendem a ter uma performance positiva”, completou o gestor da Az Quest.

Movimentações do governo como arcabouço fiscal, reforma tributária e o corte nos juros deram um novo impulso no apetite por risco, e os títulos do Tesouro caíram três posições. Já as ações subiram três, para o quarto lugar em julho, superando Tesouro, letras de câmbio (LCs) e Recibos de Depósito Bancário (RDBs), e ainda os fundos de investimentos imobiliários (FIIs), outro grande destaque em renda variável.

Os fundos de ações ultrapassaram os criptoativos, invertendo suas posições entre um mês e outro, agora ocupando os oitavo e nono lugares, respectivamente.

“Acreditamos que o potencial de valorização seja ainda maior nas ações de empresas de média e menor capitalização. Por esse motivo, ainda que a gente tenha uma visão para o índice Ibovespa para os próximos meses, nós estamos ainda mais otimistas com a performance do índice Small Caps (SMLL), que é composto por empresas que, na média, irão se beneficiar ainda mais com a queda dos juros”, finalizou Mamede, da AZ Quest, sobre ativos de renda variável.

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Allan Ravagnani

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