Radar: Marisa (AMAR3) diz como fará a ação subir acima de R$ 1, venda de ativo da Petrobras (PETR4) é questionada e Nubank (NUBR33) tem preço-alvo cortado

Marisa (AMAR3) respondeu nesta segunda (10) ao ofício emitido pela B3 (B3SA3) sobre as negociações de suas ações. Entre os dias 09 de fevereiro a 24 de março, a bolsa brasileira observou que os papéis ficaram abaixo de R$ 1 e questionou a varejista.

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Embora não tenha apontado as razões para o baixo valor das ações, a Marisa comunicou que os resultados do novo plano de reestruturação, já em curso e explicitado nos últimos avisos, “deverá ser suficiente para os investidores no mercado acionário reconhecerem o valor implícito e elevarem a cotação das ações acima de R$ 1”.

Ainda no comunicado, a Marisa destaca que em termos de procedimentos e cronograma, seguirá monitorando diariamente a cotação de suas ações. Além disso, a companhia diz que irá avaliar, ao longo dos próximos meses até a data limite dada pela B3, de 27 de setembro, as alternativas indicadas para o enquadramento das cotações das ações, inclusive o procedimento de grupamento de ações.

“Caso ainda necessário, procederá com o grupamento de ações da Companhia, seguindo as orientações da B3 e as determinações da assembleia de acionistas, até a data limite”, pontua o fato relevante.

Além da Marisa , confira outros destaques desta segunda-feira:

Petrobras (PETR4): entidades vão à CVM e TCU por possíveis irregularidades na venda da SIX

  • Nesta segunda-feira (10), duas entidades do setor petroleiro anunciaram que entraram com ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e no Tribunal de Contas da União (TCU) para averiguar irregularidades na venda feita pela Petrobras (PETR4) da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), relativas à pirataria industrial em negócios envolvendo a tecnologia Petrosix.
  • Segundo a reportagem, houve o favorecimento à empreiteira Engevix e à Irati Energy, subsidiária do grupo canadense Forbes & Manhattan pela compra da SIX, em novembro do ano passado, por US$ 41,6 milhões (R$ 210 milhões) — valor considerado abaixo do preço de mercado.
  • Afinal, o lucro registrado pela SIX no último ano foi cerca de R$ 200 milhões. “Além disso, o preço de venda foi menos da metade do que a SIX desembolsou, no acordo com a Agência Nacional do Petróleo (ANP), para sanar as dívidas relativas ao não recolhimento de royalties sobre as atividades de lavra do xisto durante o período entre 2002 e 2012 (R$ 540 milhões)”, afirma o presidente da Anapetro, Mario Dal Zot.

Taesa (TAEE11) pode anunciar oferta de até R$ 2 bi em novas ações

  • Com o objetivo de se preparar para leilões de transmissão de energia, a Taesa (TAEE11) quer fazer uma oferta de novas ações avaliada entre R$ 1,5 bilhão ao R$ 2 bilhões. As informações foram divulgadas no domingo (9) e, nesta segunda (10), os papéis amargam uma queda no Ibovespa hoje.
  • Por volta das 16h40 do Ibovespa hoje, as ações da Taesa eram negociadas em queda de 2,8%, ao preço de R$ 34,04.
  • Essa oferta de ações da Taesa deve ocorrer na segunda metade deste mês ou no próximo, caso a empresa prefira aguardar a divulgação dos números do primeiro trimestre de 2023 (1T23), marcada para 3 de maio.
  • A informação do possível follow-on da Taesa foi divulgada pelo Brazil Journal. De acordo com as fontes do veículo, esses novos leilões estão previstos para 2023 e 2024, e os vencedores deverão ter um capex de cerca de R$ 50 bilhões.
  • Contudo, essa operação não está atrelada aos planos da Cemig (CMIG4) de eventualmente reduzir sua participação na Taesa — a empresa mineira e a ISA detém hoje 63% das ações votantes. Caso a Cemig siga com esse plano, uma nova oferta secundária de ações pode ocorrer ainda neste ano.
  • Após ser questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa disse que “busca e avalia constantemente” oportunidades de financiamento e otimização da sua estrutura de capital mas que, até o momento, “não há qualquer decisão formal sobre qualquer oferta pública de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via distribuição em mercado de capitais”. Confira o posicionamento na íntegra:
  • Em resposta ao ofício, a Companhia esclarece que busca e avalia constantemente oportunidades e alternativas de financiamento e otimização da sua estrutura de capital, visando a execução do seu planejamento estratégico baseado nos pilares de crescimento sustentável, excelência operacional, disciplina financeira e geração de valor.
  • A Taesa esclarece, contudo, que não há qualquer decisão formal da Companhia nesta data sobre qualquer oferta pública de ações, debêntures ou outros valores mobiliários via distribuição em mercado de capitais. Tal decisão está sujeita, dentre outros fatores, à obtenção das aprovações societárias necessárias, a condições políticas e macroeconômicas favoráveis e ao interesse de investidores. A Companhia informa ainda que, caso tal oferta pública ocorra, ela será realizada nos termos da legislação e regulamentação aplicável.

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Nubank (NUBR33) tem preço-alvo cortado; grande impacto negativo pode atingir empresa, diz UBS-BB

  • O time do UBS-BB cortou o preço-alvo das ações do Nubank (NUBR33) na Nasdaq para US$ 7 (antes, eram US$ 7,50). Em relatório divulgado no domingo (9), os analistas justificaram essa decisão sob o argumento de um ajuste nas expectativas e afirmaram que a empresa pode sofrer um grande impacto negativo caso o Congresso limite as taxas do crédito rotativo.
  • Segundo os analistas do UBS-BB Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato, caso esse projeto saia do papel, o Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do Nubank pode cair 20%. Enquanto isso, Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) sofreriam uma queda de 11%. O Itaú (ITUB4) veria esse indicador cair 6%, enquanto o Inter (INBR32) sofreria com uma redução de apenas 3%.
  • O trio recorda que a implantação de um teto no cheque especial, em 2020, fez com que a modalidade crescesse 36%, enquanto os empréstimos no cartão de crédito rotativo dispararam 105%. “Do lado positivo, a inadimplência do cheque especial caiu, enquanto esse índice aumentou para a maioria das outras linhas residenciais”, ressaltaram.
  • Com esse cenário adverso pela frente, os especialistas afirmam que o “roxinho” e as demais empresas do setor podem tomar as seguintes atitudes:
  • redução significativa das parcelas sem juros;
  • menor apetite por crédito, principalmente para pessoas físicas de baixa renda;
  • taxas anuais mais altas para titulares de cartão de crédito.

Se o minério caiu, por que as ações da Vale (VALE3) e das mineradoras subiram no Ibovespa hoje?

  • As ações da Vale (VALE3) fecharam em alta de 1,93%, cotadas a R$ 78,23, nesta segunda-feira (10). Junto aos ganhos da blue chip, o Ibovespa avançou 1,02%, aos 101.846,64 pontos.
  • Além da Vale, os papéis de outras mineradoras e siderúrgicassubiram no pregão de hoje. Confira abaixo:
  • CSN Mineração (CMIN3): +1,75%
  • CSN (CSNA3): +3,78%
  • Gerdau (GGBR4): +2,80%
  • Metalúrgica Gerdau (GOAU3): +2,47%
  • Usiminas (USIM5): +3,28%
  • Para muitos investidores, a alta das mineradoras e siderúrgicas no Ibovespa foi atípica, visto que os contratos futuros do minério de ferro recuaram nesta segunda. Na Dalian Commodity Exchange (DCE), o minério de ferro fechou em baixa de 1,83%, US$ 113 (777 iuanes) a tonelada.
  • No entanto, segundo Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, a explicação para a valorização da Vale, junto a mineradoras e siderúrgicas no pregão de hoje, vai além da cotação das commodities.
  • “Apesar do minério e petróleo não andarem de forma positiva, com o minério e petróleo caindo hoje, temos altas generalizadas em empresas de diversos setores devido ao otimismo no mercado que tem gerado altas sistêmicas. Destaque também para as altas para 3R (RRP3) e empresas de educação”, explica.
  • Cohen pontua que nesta segunda houve uma alta generalizada no Ibovespa. A Bolsa operou embalada pelo otimismo em relação ao arcabouço fiscal. Isso porque, hoje, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse ter certeza de que a nova regra fiscal será aprovado no Congresso.
  • Visto que a viagem do chefe do executivo para a China foi adiada para esta semana, a expectativa é de que a apresentação da proposta à Câmara dos Deputados e ao Senado seja adiantada.
  • “O próprio Haddad [ministro da Fazenda] afirmou que o governo irá fechar o texto antes da viagem. Com isso o mercado se anima em virtude de uma definição de próximos passos da nossa política econômica. O que deixa o mercado em queda é a indefinição, e não é isso que vemos hoje”, afirma o co-fundador da Escola de Investimentos.

CEEE-G começa a ser negociada na B3 (B3SA3) a partir de amanhã

  • A Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G) iniciará as negociações de ações na B3 (B3SA3) a partir de de amanha (11). Em comunicado, a empresa controlada pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) informou que, sob o código “CGEE”, obteve o registro como emissor categoria “A”.
  • “Foram deferidos pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e pela B3 os pedidos de registro de emissor de valores mobiliários e de listagem e admissão das ações de sua emissão à negociação”, destaca o comunicado da CEEE-G.
  • CEEE-G é controlada pela CSN por meio da Companhia Florestal do Brasil (CFB), que dispõe de 99,5% das ações ordinárias e 60,9% das preferenciais. Desta forma, segundo o último formulário de referência da companhia de geração de energia elétrica, a CFB tem 98,9% do seu capital social.
  • Antes, a CEEE foi uma companhia integrada do setor de energia elétrica do Rio Grande do Sul. A área de distribuição (CEEE-D) foi vendida para a Equatorial Energia em 2021. Já a parte de transmissão (CEEE-T) foi vendida para a CPFL Energia (CPFE3)) no ano passado.

Do Marisa à CEEE-G, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

Vanessa Loiola

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