Radar: Petrobras (PETR4) lidera ranking de dividendos, ação da Eletrobras (ELET3) vira “top pick” para o BTG e papéis da Gol (GOLL4) desabam

BTG Pactual (BPAC11) retomou nesta segunda-feira (11) a cobertura da Eletrobras (ELET3). No final de 2020, os analistas estavam “cautelosamente otimistas” com os sinais de privatização da companhia, mas agora essa é a realidade da empresa.

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Com o processo devidamente finalizado, o BTG recomenda a compra das ações da Eletrobras, com preço alvo de R$ 62 e potencial de alta de 41%. “Não foi tarefa fácil, mas, depois de uma longa espera de mais de 25 anos, finalmente aconteceu”, diz o relatório. Além disso, o BTG classifica a Eletrobras como uma das top picks, ou seja, uma das principais do setor.

A visão dos analistas se divide nos seguintes fatores:

  • Valuation atrativo – Eletrobras está sendo negociada a uma TIR (taxa interna de retorno) real de 13,5%, sendo 6,4 vezes o Valor da Empresa (EV, em inglês), sobre o Ebitda de 2023, o que leva o ativo a ser um dos mais baratos na cobertura do BTG;
  • Potencial significativo de redução de custos;
  • Vantagem na responsabilidade gestão/créditos fiscais, e;
  • A reprecificação de seu portfólio hidrelétrico.

“Assim, a Eletrobras pode finalmente se libertar das ineficiências de operar como uma empresa estatal e começar a produzir como seus pares de transmissão e de geração (que também são privados)”, afirmam os analistas.

Eletrobras foi privatizada via oferta de ações, que levantou R$ 33,7 bilhões, sendo 91% (ou R$ 30,8 bilhões) em oferta primária, representando a maior privatização no Brasil desde a Telebrás em 1998, de acordo com o BTG.

O governo diluiu a participação votante de 69% para 40%, com sua participação total caindo de 59% para 37%. Apesar de ainda deter uma participação relevante no empresa, governo federal (e qualquer outro acionista) terão direitos de voto limitados a 10% conforme estabelecido no estatuto da empresa.

O BTG acredita, entretanto, que ainda há muito espaço a ser conquistado pela Eletrobras, por ser uma empresa gigante e complexa, “por isso que deve-se primeiro reconhecer os esforços da administração nos últimos seis anos para simplificar a estrutura de capital da empresa, maximizar a eficiência e reduzir a alavancagem para níveis”.

Além disso, os analistas acreditam que a Eletrobras ainda não está precificada dentro de todo seu potencial como empresa recém-privatizada.

Por ser um dos ativos mais baratos dentro da cobertura do BTG, os preços vistos agora ainda estão dentro de um cenário de uma estatal bem gerenciada, mas incorporando muito pouco do seu potencial privatizado.

“A combinação de uma base de acionistas muito boa (e ativa) e uma equipe de gerenciamento de alto nível abrirá o caminho para uma reviravolta bem-sucedida história, aumentando significativamente a geração de fluxo de caixa e permitindo que a empresa pague grandes dividendos e/ou aumentar seu poder de fogo para novos investimentos”, apontam os analistas do banco de investimentos.

Além da Eletrobras, confira outros destaques desta segunda-feira:

Mercado Livre (MELI34) recebe US$ 233 mi do Goldman Sachs para aumentar oferta de crédito

  • Mercado Livre (MELI34) anunciou que o Mercado Pago – fintech da companhia – recebeu uma nova linha de financiamento privado de US$ 233 milhões do Goldman Sachs. Desse montante, US$ 106 milhões destinam-se à ampliação da capacidade de crédito para pessoas físicas e pequenas e médias empresas no Brasil, e US$ 127 milhões correspondem ao México.
  • Assim, o Goldman Sachs atinge um total de US$ 485 milhões em injeções de capital no braço de crédito do Mercado Livre entre 2021 e 2022
  • As linhas de crédito do Mercado Pago disponíveis na América Latina já atingem a concessão de mais de US$ 7,551 milhões, totalizando 175 milhões de empréstimos destinados ao consumidor e capital de giro para PMEs.
  • “Vamos continuar a parceria com o Mercado Livre para promover a inclusão financeira e o acesso ao crédito na América Latina. O Mercado Crédito e todo o ecossistema do Mercado Livre são uma plataforma única para melhorar o fluxo de capital para empresas sem acesso a crédito no sistema financeiro tradicional”, afirmou Santiago Rubin, Diretor Geral, Head de Mídia Tecnológica e Telecom para América Latina do Goldman Sachs.
  • “A possibilidade de ampliar nossa oferta de crédito está no centro do que fazemos: a inclusão financeira se reflete tanto nos novos usuários que terão acesso ao crédito, quanto naqueles que confiam em nós para agregar valor aos seus negócios e projetos”, complementou Cuppi.

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Twitter (TWTR34) despenca 11,4% após Musk cancelar aquisição; bilionário debocha da desistência

  • A ação do Twitter (TWTR34) despencou 11,40%, cotada a US$ 32,65, nesta segunda-feira (11), com o mercado refletindo as notícias da última sexta (8), dia em que Elon Musk anunciou que não iria mais adquirir a companhia.
  • A proposta era de US$ 44 bilhões. Representando Elon Musk, em carta, o escritório de advocacia Skadden afirma que o Twitter “parece ter feito declarações falsas e enganosas nas quais o Sr. Musk se baseou ao celebrar” o contrato então negociado.
  • Segundo eles, a empresa que comanda a rede social não cumpriu suas obrigações contratuais.
  • Gustavo Pazos, analista do time de Research da Warren, afirma que a queda das ações ocorre justamente porque aconteceu o que os investidores mais temiam ao comprar os ativos do Twitter: que o acordo não se concretizasse.
  • “Na semana passada, Musk se posicionou, desfazendo o acordo. Ele já vinha questionando a empresa sobre a quantidade e qualidade de bots, a qualidade do cliente do Twitter, ou seja, qual é o numero de contas fake em relação ao total”, disse.
  • A negociação entre o Twitter e Elon Musk durou meses. Mas, no final de abril, foi acordado entre as partes que, caso o empresário voltasse atrás, haveria uma multa de US$ 1 bilhão, em cláusula no contrato.
  • Quando isso foi estabelecido no contrato, a fortuna do empresário estava em cerca de US$ 200 bilhões, mas houve variações desde então, especialmente por conta das ações da Tesla, que flutuaram bastante. “Esse 1bi da multa é muito pequeno ante o patrimônio dele, então os investidores que compraram as ações do Twitter confiando nessa cláusula acabaram se arrependendo”, ressaltou o analista, lembrando que esse movimento foi sinalizado para os clientes da Warren.
  • “O que deve acontecer agora é uma briga judicial entre os advogados de Elon Musk e os do Twitter, e teremos que acompanhar as cenas dos próximos capítulos para saber o desfecho”, disse.

Petrobras (PETR4) paga R$ 6,6 por ação e lidera ranking de dividendos em 2022; veja lista

  • Petrobras (PETR4) figura como a maior pagadora de dividendos da bolsa no acumulado dos primeiros seis meses de 2022.
  • Nos últimos 12 meses a companhia ostentou um dividend yield (DY) de 40%, segundo dados do Status Invest.
  • Na média, cada acionista da Petrobras recebeu R$ 6,685 por ação no acumulado de 2022, o maior pagamento em números absolutos.
  • A companhia tem sido apontado como a ‘galinha dos ovos de ouro’ por causa dos proventos altos e da distribuição dos seus lucros que, em 2022, superaram os resultados do ano anterior.
  • Na média, em 2021, o pagamento foi de R$ 5,65 por ação PETR4.
  • Em um só pagamento (em maio deste ano), a estatal chegou a distribuir R$ 2,86 por ação preferencial, elevando o DY dos papéis, com a cotação atual de R$ 28.
  • Apesar do risco político e do imbróglio com o preço dos combustíveis – que teve tensão aumentada com os aumentos e com a PEC dos combustíveis -, os analistas seguem com otimismo com relação as ações da Petrobras.

Gol (GOLL4) estima prejuízo de R$ 1,8 por ação; papéis caem 11,7% e lideram baixas no Ibovespa

  • Gol (GOLL4) atualizou suas estimativas para o resultado do segundo trimestre de 2022 (2T22). Agora, a companhia aérea projeta um prejuízo por ação (LPA) de R$ 1,801, assim como um prejuízo por ação depositária americana (LPADS) de cerca de US$ 0,751.
  • O guidance da Gol foi divulgado por meio de atualização ao investidor arquivada na manhã desta segunda-feira (11) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
  • Reagindo aos números, os investidores penalizam as ações da Gol com uma pressão vendedora. Os papéis GOLL4 fecharam em queda de 11,79% e lideraram baixas no Ibovespa.
  • Vale lembrar que a companhia soma uma baixa de 17,4% somente nos últimos 30 dias.
  • Ainda segundo o documento de guidance da Gol, a companhia cita que a margem EBITDA no 2T22 está estimada em aproximadamente 10%.
  • “A receita unitária de passageiros (PRASK) esperada para o segundo trimestre é maior em aproximadamente 50%, comparada ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pela forte recuperação de viagens corporativas nas malhas domésticas e regionais da GOL e a retomada de viagens de lazer na malha internacional”, diz o documento arquivado na CVM.
  • A companhia aérea aponta que a receita da Smiles foi maior em 48% em comparação ao mesmo período de 2019 com um crescimento na base de clientes de 25% versus 2T19.
  • Já a receita unitária total (RASK) tem um crescimento estimado em 40% neste mesmo período.

B3 (B3SA3) registra queda de 8,4% no volume diário em junho, para R$ 27,7 bilhões

  • A B3 (B3SA3) registrou volume financeiro médio diário de R$ 27,7 bilhões em junho, equivalente a uma queda de 8,4% na comparação como mesmo mês em 2021.
  • Em relação a maio de 2022, houve queda de 8,7%. A B3 divulgou os valores em seus destaques operacionais nesta segunda-feira (11). Os maiores volumes vieram do mercado à vista de ações, com R$ 26,7 bilhões na média diária, queda anual de 25,5%, e valorização mensal de 9,0%.
  • O número total de contas na depositária chegou a 5,2 milhões, 36,5% a mais que em junho de 2021. Em relação aos números de maio, a B3 apurou crescimento de 1,1%. Os investidores pessoas físicas somaram 4,4 milhões, alta anual de 38,8% e mensal de 1,2%.
  • O número de empresas listadas passou de 439 para 449 em 12 meses. A capitalização de mercado recuou 25,5% na mesma base de comparação e diminuiu 4,6% em um mês, para R$ 4,289 trilhões.

Direcional (DIRR3) pagará R$ 69,9 milhões em dividendos; veja valor por ação

  • Direcional (DIRR3) anunciou nesta segunda-feira (11) que vai pagar R$ 69,9 milhões em dividendos intercalares aos seus acionistas.
  • O valor dos proventos por ação será de R$ 0,47, que serão pagos em 25 de julho.
  • Apenas os investidores com ações da Direcional no dia 14 de julho receberão os rendimentos.
  • A partir do dia 15 de julho, as ações serão negociadas sem direito aos dividendos.
  • Segundo documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esses proventos fazem parte dos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.

Da Eletrobras à Direcional, essas foram as empresas que se destacaram hoje. Para ler todas as matérias clique aqui.

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Jorge C. Carrasco

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