Veja quem tem direito aos proventos anunciados pelo Banco do Brasil (BBAS3)

Após divulgar os resultados do terceiro trimestre de 2025, que vieram pouco animadores, o Banco do Brasil (BBAS3) trouxe uma alegria aos investidores: o anúncio de novos proventos. A instituição financeira aprovou a distribuição de R$ 410,6 milhões em juros sobre capital próprio (JCP), referentes ao 3T25.

Os valores correspondem a R$ 0,07192713139 por ação do Banco do Brasil e serão pagos em 11 de dezembro de 2025. Terão direito aos proventos os acionistas com posição acionária em 1º de dezembro, sendo que as ações passarão a ser negociadas “ex” proventos a partir do dia 2.

Vale ressaltar que dividendos de ações são isentos de Imposto de Renda, mas isso não ocorre no caso de Juros Sobre Capital Próprio (JCP), que têm 15% de imposto.

Banco do Brasil (BBAS3) tem trimestre fraco

O Banco do Brasil (BBAS3) reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 60% em relação ao mesmo período de 2024. O lucro contábil foi de R$ 3,02 bilhões, 66% menor na comparação anual.

A rentabilidade também recuou. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) passou de 21,1% para 8,4%, refletindo o impacto do aumento da inadimplência e do custo de crédito. A margem financeira bruta teve leve alta de 1,9%, atingindo R$ 26,36 bilhões.

A carteira de crédito expandida cresceu 7,5% em um ano, para R$ 1,27 trilhão, puxada pelos segmentos de pessoa física e jurídica, ambos com alta de 10,4%. O agronegócio, que representa cerca de um terço da carteira total, avançou 3,2%, mas segue pressionando os indicadores de inadimplência.

O custo de crédito aumentou 77,7% na base anual, para R$ 17,9 bilhões. O banco destacou deterioração da carteira agro e de grandes empresas, com inadimplência acima de 90 dias chegando a 4,93% no trimestre, contra 3,33% no mesmo período do ano anterior.

Na carteira agrícola, o indicador subiu para 5,34%, com destaque para operações ligadas à soja nas regiões Centro-Oeste e Sul. Pedidos de recuperação judicial também contribuíram para o aumento.

Em relatório, a XP classificou os resultados como fracos e apontou que o desempenho operacional do Banco do Brasil (BBAS3) permaneceu pressionado, com custo de crédito elevado e rentabilidade baixa. O lucro recorrente, de R$ 3,8 bilhões, ficou ligeiramente acima das estimativas devido a efeitos tributários positivos. A casa optou por manter um rating Neutro para os papéis, enquanto “aguarda por sinais de melhoras”.

Giovanna Oliveira

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