Quais são as ações que mais subiram em 2025?
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2025 vem sendo um ano positivo para o Ibovespa: até aqui, o índice referência da Bolsa brasileira avança cerca de 15%. Alguns papéis que compõem a carteira teórica, inclusive, superaram (e muito) esse desempenho, e a seguir, você confere a lista das ações que mais subiram neste ano.

Os papéis de maior destaque no Ibovespa em 2025 são diversos: vão de empresas em plena reestruturação a setores tradicionalmente considerados mais estáveis, como bancos e seguradoras. Passam ainda por varejistas e construtoras que, em teoria, seriam mais penalizadas pelo cenário de juros elevados, mas surpreenderam ao mostrar resiliência e alto desempenho.
Veja a seguir a lista de ações que mais subiram no Ibovespa em 2025, segundo levantamento feito pelo Investing:
Empresa | Ticker | Desempenho no ano |
Cogna | COGN3 | 167,89% |
Assaí | ASAI3 | 77,13% |
Direcional | DIRR3 | 70,42% |
Tim | TIMS3 | 68,57% |
CVC Brasil | CVCB3 | 65,94% |
Totvs | TOTS3 | 61,35% |
Yduqs | YDUQ3 | 56,14% |
BTG Pactual | BPAC11 | 49,14% |
Porto Seguro | PSSA3 | 49,08% |
Telefônica Brasil | VIVT3 | 48,23% |
Mas quais fatores fizeram essas companhias irem tão bem até aqui em 2025? O bom desempenho deve se manter até o final do ano?
Para responder essas e outras perguntas, o Suno Notícias conversou com um especialista a respeito do top 5 do Ibov neste ano: Cogna (COGN3), Assaí (ASAI3), Direcional (DIRR3), Tim (TIMS3) e CVC (CVCB3).
Cogna (COGN3)
Gustavo Moreira, planejador financeiro e especialista em investimentos, destaca que a empresa iniciou o ano com um programa de recompra de 7,9% das ações em circulação, o que, segundo ele, sinaliza confiança na própria operação.
No 1º trimestre, registrou lucro líquido de R$ 95,1 milhões, revertendo prejuízo, além de ter aumentado a geração de caixa. Outra notícia positiva que animou o mercado, de acordo com o especialista, foi o anúncio de dividendos da Cogna.
Para o especialista, três fatores serão decisivos para a sequência de alta nas ações da Cogna: mudanças nas regras do EAD, o impacto do Programa Mais Médicos III e a possível fusão com a Yduqs (YDUQ3).
“Se o EAD for impactado negativamente ou a fusão não se concretizar, a valorização pode frear, mas se tudo fluir bem, pode vir mais alta”, afirma.
Assaí (ASAI3)
O Assaí também entregou crescimento expressivo nos dois primeiros trimestres do ano, com o lucro líquido chegando a saltar 95%. Além dos números, Moreira destaca que a rede foi reconhecida como a marca mais valiosa do varejo alimentar brasileiro por rankings como Interbrand e Brand Finance. Segundo ele, a força da marca e o avanço digital, com app e delivery, têm sustentado o bom desempenho.
Além disso, o especialista destaca que a maturação das lojas convertidas ainda está em curso. Por isso, segundo ele, há potencial de novas eficiências e crescimento consistente, o que suporta margens e um desempenho positivo para as ações do Assaí.
“Se a Selic começar a cair e eles continuarem amadurecendo as lojas, o caminho parece promissor”, afirma, destacando que cautela na expansão também é importante para manter o ritmo.
Direcional (DIRR3)
As ações da Direcional acompanham o forte desempenho operacional da companhia, que no 2° trimestre deste ano, por exemplo, superou R$ 1 bilhão em receita líquida no período pela primeira vez. Além disso, Moreira destaca o desdobramento das ações DIRR3 de 1 para 3 como fator que ampliou a liquidez e atraiu novos investidores.
Com previsão de lançar R$ 7 bilhões em 2025, manter margens altas e ROE elevado, a Direcional deve seguir a trajetória de alta, projeta o especialista.
“Se mantiver vendas fortes e margens saudáveis, há muito fôlego para continuar valorizando”, avalia.
Tim (TIMS3)
O especialista destaca que a companhia começou 2025 com resultados sólidos: no 1º trimestre, teve alta de 56% no luco na base anual, e no 2°, viu o indicador subir 25%. Para ele, a operadora “está surfando numa onda boa: resultados consistentes e dividendos chamativos”.
Moreira vê espaço para mais valorização das ações da TIM, desde que a geração de caixa continue forte e as metas operacionais sejam cumpridas.
“Se ela segurar essa geração de caixa e continuar batendo as metas, o resto só depende da concorrência tentando roubar market share”, diz.
CVC (CVCB3)
Após despencar cerca de 60% em 2024, as ações da CVC inciaram 2025 em alta, em linha com o crescimento das vendas e a ampliação do número de lojas para níveis acima do pré-pandemia.
Para Moreira, o movimento marca uma “recuperação real”, apoiada em uma operação digital mais eficiente e reestruturação do B2B.
O especialista acredita que as ações CVCB3 ainda têm espaço para subir, mas que a magnitude da alta dependerá do ambiente macroeconômico.
“O cenário parece positivo, mas tudo dependerá de como o Brasil estará caminhando. Se a economia doméstica melhorar e o turismo se mantiver aquecido, a empresa pode continuar surpreendendo”, afirma Gustavo Moreira sobre uma das ações que mais subiram em 2025.