Rússia em guerra: Como proteger a carteira de investimentos?

A invasão à Ucrânia iniciada pela Rússia nesta quinta-feira (24) deixou investidores do mundo inteiro apreensivos sobre quais seriam as consequências em relação às posições de carteiras de investimento. Como enfrentar um cenário de volatilidade intensa, com incertezas a perder de vista? Em um momento de caos como este, o mais importante é, dizem especialistas, manter a calma.

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De acordo com Marcelo Serrano, sócio e head da Mesa de RV da Alta Vista Investimentos, a serenidade e a cautela são as melhores amigas para o investidor agora. Especialmente se há vontade de comprar ou vender desenfreadamente. Como o Brasil não corre riscos geográficos e comerciais com a guerra da Rússia e Ucrânia, o ideal a se fazer é “sair de posições que estão com lucro, mesmo que provoquem prejuízo pequeno, ficar com dinheiro em caixa e aguardar”.

“É um momento em que a gente não sabe se o conflito vai durar muito tempo ou resolvido de forma rápida. Então não se pode falar que é uma boa oportunidade de sair comprando. Pode ser que sim, se a guerra acabar rápido, mas pode também se agravar”, afirmou.

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Serrano usa ainda o exemplo da pandemia: após as bolsas derreterem, muitos investidores saíram às compras por ativos, apenas para verem os índices derreterem ainda mais. É bom relembrar que o Ibovespa chegou a cair 30% em março de 2020.

“É o momento de ter calma, estar protegido, com diversificação na carteira, produtos conservadores, renda fixa, ouro (que costuma subir), não sair nem comprando muito e nem vendendo tudo. [É preciso] acompanhar o mercado e ajustar a carteira”, aconselha.

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Veja mais dicas para proteger a carteira de investimentos

O banco suíço UBS BB, em relatório divulgado na quarta-feira (23), avalia que, em momentos de crises geopolíticas – como a observada atualmente entre Rússia e Ucrânia -, os maiores riscos para o portfólio são a reação exagerada dos investidores e a subdiversificação de ativos, como o próprio Marcelo afirma.

Os analistas do banco ressaltam que, apesar de eventos estressantes ao mercado como este costumam ser de curta duração, seus efeitos são reduzidos com um portfólio bem diversificado. Mas a situação no leste europeu é completamente indefinida. O necessário, portanto, é prestar atenção nas movimentações e se preparar para qualquer cenário.

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O UBS BB relacionou cinco orientações para os investidores nesta situação. Confira:

  • Construir (e manter) um portfólio diversificado;
  • Investir em commodities como proteção ao risco geopolítico;
  • Focar no dólar americano;
  • Comprar empresas de setores líderes no crescimento global e;
  • Desenvolver posições defensivas.

Além disso, um ativo já classicamente conhecido por proteção em momentos como esse é o ouro. É recomendado também possuir na carteira de investimentos papéis de renda fixa brasileiros atrelados à inflação e à taxa do CDI.

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Victória Anhesini

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