Produção industrial brasileira cresce 0,7% em fevereiro, segundo IBGE

A produção industrial brasileira teve um crescimento de 0,7% em fevereiro em relação a janeiro, revertendo a queda de 0,7% no mês anterior. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça (2).

No comparativo com fevereiro de 2018, a alta da produção industrial foi ainda maior, de 2%. O desempenho quebra uma sequência de três meses com taxas negativas.

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O calendário ajudou a alavancar o desempenho de fevereiro, “já que em 2019 o mês teve dois dias úteis a mais do que em fevereiro de 2018, com o feriado de carnaval transferido para março”, escreveu o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, em nota.

A última edição do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda (1º) trouxe uma projeção de expansão de 2,5% para a indústria brasileira neste ano. Para 2020, o cálculo é de um crescimento de 3%.

A produção industrial por mês

  • Fev/18: -0,3%
  • Mar/18: 0%
  • Abr/18: +0,9%
  • Mai/18: -11%
  • Jun/18: +12,6%
  • Jul/18: -0,2%
  • Ago/18: -0,8%
  • Set/18: -1,9%
  • Out/18: +0,2%
  • Nov/18: -0,1%
  • Dez/18: +0,3%
  • Jan/19: -0,7%
  • Fev/19: +0,7%

No acumulado do ano, a produção industrial teve recuo de 0,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor perdeu dinamismo no meio da lenta recuperação da economia.

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As categorias que foram destaque da indústria em fevereiro

  • Bens de capital: +4,6%
  • Bens de consumo duráveis: +3,7%
  • Bens de consumo semi e não duráveis: +0,7%

As maiores altas nas atividades econômicas

  • Veículos: +6,7%
  • Coque e produtos derivados do petróleo: +4,3%
  • Produtos alimentícios: +3,2%

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Os desdobramentos do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) causaram estrago na produção das indústrias extrativas. A atividade teve queda de 14,8% – a maior da série histórica iniciada em 2002.

As maiores baixas nas atividades econômicas

  • Produtos do fumo: -8,5%
  • Vestuário e acessórios: -4,8%
  • Móveis: -4,1%
  • Produtos de metal: -2%
  • Equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos: -1,5%
Guilherme Caetano

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