Prio (PRIO3) anuncia aumento de capital de R$ 2 bilhões; o que muda para o acionista?

Na noite desta quarta-feira (28), a Prio (PRIO3) anunciou um aumento de capital no valor de R$ 2 bilhões. Com isso, o capital social da companhia saíra de R$ 5,63 bilhões para R$ 7,63 bilhões.

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O aumento de capital da Prio, segundo a empresa, servirá para o redesenvolvimento de ativos operados já em produção. Além disso, parte do valor será utilizado para financiar atividades de perfuração e conexão sub-superfície em ativos que se encontram em fase de desenvolvimento.

“Adicionalmente, o referido aumento de capital se mostra necessário para o financiamento de futuras oportunidades de crescimento, englobando projetos e iniciativas inorgânicas que tenham como objetivo a geração de valor aos acionistas”, completa a empresa em fato relevante.

O aumento de capital será feito sem a distribuição de novas ações ou mudança nos números de emissão. De acordo com a empresa, essa é uma operação contábil, na qual parte dos valores alocados na reserva de lucros estatutária passa a ser acrescida ao capital social da Prio.

“Tendo em vista que o aumento de capital trata de mero remanejamento de valores já existentes no patrimônio líquido da companhia, tal operação não apresenta quaisquer consequências financeiras ou econômicas”, explica a companhia.

Assim, na prática, não haverá mudança significativa para o acionista, que não será diluído, ao contrário do que ocorreria no caso da emissão de novas ações.

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Prio (PRIO3) é a favorita do BTG entre as empresas juniores de petróleo

O BTG Pactual projeta um quarto trimestre de 2023 (4T23) sem muitos catalisadores positivos para as empresas juniores de petróleo. Neste contexto, a Prio (PRIO3) continua sendo a principal escolha do banco no segmento, suportada pela robusta geração de caixa em 2024 e 2025.

A Prio divulgará seus resultados em 11 de março, antes da abertura do mercado. Embora a produção esteja estável em 100,3 kb/d (aumento de 0,4% trimestre a trimestre), as vendas caíram 14% para 8,4 milhões de barris. 

“Isso, combinado com preços mais baixos do petróleo e despesas de marketing mais altas, leva à previsão de um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) IFRS16 de US$ 517 milhões (US$ 505 milhões ex-IFRS16), uma redução de 20% em relação ao trimestre anterior”, comenta o BTG. 

Os custos de produção da Prio são estimados em US$ 6,8/bbl, ultrapassando o limite de US$ 7/bbl pela primeira vez. As receitas líquidas são projetadas em US$ 664 milhões, com lucros de US$ 311 milhões e fluxo de caixa de US$ 266 milhões.

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Guilherme Serrano Silva

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