Prevision quer gerir mais de 1.000 obras no País e crescer como construtech

O setor de construção civil é um dos mais sazonais do País. Se na crise os lançamentos de novos imóveis minguam, quando a economia vai bem, o setor vai de vento em popa. Para se adaptar a esses dois momentos, a Prevision, uma construtech de planejamento e gestão eficiente de obras, promete levar tecnologia à gestão das obras, reduzindo custos e aumentando margens – premissas que possam ser buscadas na crise ou na alta.

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“O nosso core é planejamento e prazo, mas nosso foco é otimização física e financeira por meio de um controle de valor agregado”, conta Paula Lunardelli, diretora-presidente (CEO) da Prevision.

De acordo com a empresa, a plataforma permite um acompanhamento otimizado do que foi planejado e do que foi efetivamente realizado por meio de dashboards e relatórios gerados pelo software.

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A organização e gestão dessas informações permite uma análise mais rápida e precisa das estratégias e decisões tomadas, reduzindo os custos e o prazo de entrega de obras em até 25%, já que reduz desperdícios no processo construtivo, a partir do balanceamento da produção.

Atualmente, a Prevision atende 650 obras e a previsão é chegar até 1.300 ao final de 2021. “Temos crescido 15% ao mês”, diz Lunardelli. A empresa oferece uma plataforma gratuita e outra completa, mas paga.

Paula Lunardelli, CEO da Prevision . Foto: Divulgação
Paula Lunardelli, CEO da Prevision . Foto: Divulgação

“A tabela de precificação varia de acordo com o número de obras que a empresa utiliza em paralelo e a área média dessas obras. Por que fazemos assim? O público [da nossa plataforma] é voltado para prédios e casas repetidas, tipo Minha Casa, Minha Vida, porque é para repetição de uma obra”, conta a CEO.

Prevision nasceu de experiência dos fundadores

Apesar do alto crescimento, a Prevision nasceu em meio à crise. Quando Paula e o outro fundador da startup, Yan Bedin, hoje CFO, precisaram reduzir drasticamente os custos de uma obra, viram que ali havia uma necessidade de organizar melhor a gestão de obras.

Em 2017, rodaram um projeto que foi bem aceito no setor. “Conversamos com 30 construtoras e 29 se interessaram. Com essa validação, fomos em busca de um sócio de tecnologia. No começo de 2017 começamos a desenvolver o produto”, conta Paula.

Com a ajuda da MIDITEC, incubadora de Santa Catarina, a Prevision deu os primeiros passos, até saírem de um quadro de 5 para 20 colaboradores em um ano. Hoje, a startup conta com 45 funcionários.

Startup prefere crescer sem novos sócios

Além disso, em março de 2020, quando já atingira o break-even, a empresa captou um investimento da Vedacit, mas a Prevision não busca novos aportes de maneira constante já que opera sem queimar caixa.

“Temos uma margem bruta que é muito diferente do mercado, passando de 80%, e isso faz com que a nossa empresa tenha uma sustentabilidade muito grande”, conta.

Por isso, de acordo com a CEO, não há dificuldade de caixa e a Prevision prefere linha de crédito do que captar abrindo mão de participação, como a maioria das startups faz.

“A gente reinveste o crescimento na empresa, não temos dificuldade de caixa, não temos uma visão padrão de startup. A gente vem sendo bastante assediado por players estratégicos quanto por fundos, mas neste momento olhamos muito para capital próprio, até com linhas de crédito”, disse.

Ela, porém, não descarta uma “conexão” com outros players do setor em um futuro. “Em algum momento sabemos que irá acontecer uma conexão com algum player maior. Hoje, somos a maior plataforma segmentada e nossa visão é passar a ser como se fosse o Project da construção civil no Brasil, mas já demos alguns passinhos fora e já nos preparamos para isso, afirma a CEO da Prevision.

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Vinicius Pereira

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