Positivo (POSI3): TSE confirma compra de mais de 170 mil urnas eletrônicas por R$ 1,179 bilhão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou ontem (27) que a empresa Positivo Tecnologia (POSI3) venceu mais uma licitação para o fornecimento de urnas eletrônicas. Trata-se de um contrato de R$ 1,179 bilhão para a compra de até 176 mil equipamentos.

O valor supera os cerca de R$ 800 milhões por 180 mil urnas de uma licitação anterior, vencida pela Positivo em julho de 2020 – esses primeiros equipamentos encontram-se em produção e deverão ser utilizados já nas eleições gerais de 2022.

A diferença de preços se deve ao “atual cenário de crise mundial decorrente do desabastecimento de insumos eletrônicos e seus desdobramentos na cadeia produtiva e nos preços praticados”, segundo a presidente da Comissão Permanente de Licitação do TSE, Nathalia dos Santos Costa.

O novo contrato prevê a compra do modelo de urna UE2022, que deverá ser utilizado somente nas eleições de 2024. Outros produtos e serviços também deverão ser fornecidos, como a entrega de peças de reposição, novo desenvolvimento de equipamentos e software básico, bem como a instalação de mídias de Aplicação e de Resultado.

A Positivo também deve elaborar o projeto para a embalagem das máquinas e documentos técnicos de especificação, bem como o treinamento, por meio de kits de desenvolvimento de firmwares.

A compra periódica de novas urnas eletrônicas é necessária para substituir as que se tornam obsoletas. A vida útil estipulada para os equipamentos é de 10 anos ou sua utilização por seis eleições ordinárias seguidas. A previsão é de que em 2022 a Justiça Eleitoral conte com 557 mil urnas.

Positivo (POSI3) garante receita bilionária em 2022 e revela a estratégia

Apesar do cenário ainda mais desafiador que o varejo enfrentou, com o aumento da inflação, dificuldade de acesso a crédito e recuo do consumo, a Positivo Tecnologia (POSI3), garantiu no terceiro trimestre de 2021, de acordo com o documento que acompanha o balanço, um dos melhores resultados da história. A companhia promete desempenho semelhante em 2022. E se protege da projeção de um cenário provavelmente ainda adverso no ano que vem com o suporte de uma receita bilionária para os próximos trimestres — mas não só.

Em entrevista exclusiva ao Suno Notícias, Caio Moraes, vice-presidente de Relações com Investidores da Positivo, explicou que a expansão de negócios com o setor público afastará a empresa da maré negativa do quadro macro em 2022.

“A diversificação da companhia em termos de produtos, canais e negócios permitiu que a empresa conseguisse passar por essas fases, preservando a estabilidade”, conta o executivo. “Quando se vê o que temos de contratos com as instituições públicas para entregar no quarto trimestre e ao longo do ano que vem, já temos uma receita de R$ 1,7 bilhão.”

A empresa de tecnologia vem apresentando nos últimos trimestres resultados promissores: nos nove primeiros meses de 2021, a receita bruta (R$ 2,7 bilhões) supera à observada de janeiro a dezembro de 2020. O lucro triplicou (R$ 161 milhões) e o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos últimos 12 meses alcançou recorde histórico (R$ 348 milhões).

As ações da Positivo, por sua vez, encerraram o 3T21 cotadas a R$ 10,25, apresentando uma valorização de 107% neste ano. Ao final do trimestre, a empresa atingiu R$ 1,45 bilhão de valor de mercado, alta de 137,5% em 12 meses, em relação aos R$ 612 milhões do ano passado.

Marco Antônio Lopes

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