Por que as ações da Casas Bahia (BHIA3) estão subindo mais de 6%?
O Grupo Casas Bahia (BHIA3) anunciou a aprovação do aumento do limite de capital autorizado, o que permite que o capital social da companhia seja elevado para até R$ 13,25 bilhões. A decisão foi tomada em assembleia realizada na quarta-feira (17) e não exige alteração do estatuto social.
Na prática, a medida autoriza o conselho de administração a aprovar eventuais aumentos de capital, definindo volume, preço de emissão e condições, sem a necessidade de convocar nova assembleia de acionistas. A autorização não implica uma capitalização imediata.
Após a divulgação da decisão, os papéis da varejista estão disparando nesta tarde. Por volta das 15h, as ações sobem 6,01%, a R$ 3,24.
O que muda para a Casas Bahia (BHIA3)?
Com a ampliação do capital autorizado, a companhia passa a ter liberdade para realizar aumentos de capital dentro do limite aprovado, caso considere necessário fortalecer sua posição financeira. O conselho será responsável por definir condições como preço de emissão e quantidade de ações.
A medida não representa uma capitalização automática, mas uma autorização prévia, que pode ou não ser utilizada, dependendo das decisões futuras da administração.
As assembleias também aprovaram alterações importantes relacionadas à dívida da empresa. No caso da 10ª emissão de debêntures, os títulos da 1ª e da 3ª séries tiveram seus vencimentos postergados para 28 de novembro de 2050.
Além da mudança de prazo, a remuneração dessas debêntures foi ajustada para 100% da Taxa DI, com pagamento concentrado no vencimento. Também foi aprovada a exclusão das cláusulas de resgate antecipado e a retirada das garantias reais.
Segundo a Casas Bahia (BHIA3), a validade das decisões tomadas nas assembleias de debenturistas está condicionada à liquidação da oferta pública da 11ª emissão de debêntures. Essa operação é apontada como etapa necessária para a implementação das mudanças aprovadas.