PIB: bancos norte-americanos estimam contração da economia brasileira

Diversas instituições financeiras internacionais recentemente revisaram suas estimativas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Nesta quinta-feira (19), o norte-americano Bank of America (BofA) cortou a previsão de crescimento de 1,5% para a retração de 0,5%.

Para o banco, o PIB brasileiro irá sofrer os impactos causados pelo coronavírus (Covid-19) na economia doméstica. Além disso, para o BofA, a economia global crescerá 0,50% neste ano. O banco também revisou a expectativa para o crescimento de outros países latino-americanos:

  • Argentina, de -1,7% para -3%
  • Chile, de 0,8% para -0,7%
  • México, de -0,1% para -4,5%

“As notícias sobre a Covid-19 desencadearam uma onda de revisões, com economistas e estrategistas diminuindo repetidamente suas previsões. Agora, esperamos que a doença cause uma recessão global em 2020, de magnitude semelhante às recessões de 1982 e 2009”, informa o BofA em relatório.

Já o francês BNP Paribas cortou a estimativa da economia para uma queda de 1%, frente a uma previsão de crescimento de 1,5% anteriores, e alerta para o risco de novas revisões.

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O banco informa que o corte de 0,50% na taxa básica de juros da economia (Selic), anunciado na última quarta-feira (18), está de acordo com sua expectativa. “No entanto, nossa projeção foi feita assumindo um impacto muito menor da Covid-19”, informa o relatório. O BNP diz que a crise gerada pelo vírus poderá fazer com que a Selic volte a ser reduzida.

De acordo com a instituição francesa, as reformas administrativa e tributária continuam sendo importantes, mas ressalta que os assuntos não devem ser tratados no Congresso Nacional enquanto o país estiver em “estado de calamidade pública”.

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O Goldman Sachs anunciou, na última quarta-feira (18), que o PIB do Brasil apresentará queda de 0,9% em 2020 por conta dos impactos do coronavírus. O banco previa um avanço de 1,5% para a economia brasileira.

“A combinação de demanda externa por bens e serviços em declínio, piora dos termos de troca, aperto significativo das condições financeiras domésticas e impacto econômico das medidas em rápida escalada para lidar com o surto de Covid-19 dentro das fronteiras nacionais”, diz o relatório divulgado pela instituição financeira.

Já o J.P. Morgan reduziu a projeção de expectativa do PIB brasileiro de 1,6% para -1%, na última quarta-feira. O banco prevê uma baixa de 3,5% já no primeiro trimestre de acordo com as sazonalidades. Entretanto, a queda da economia global e a crise da pandemia devem afetar ainda mais a atividade econômica do país.

Jader Lazarini

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