Petróleo tomba e cotação fica abaixo de US$ 100 com negociação entre Rússia e Ucrânia

O petróleo encerrou a sessão desta terça-feira (15) em forte baixa, voltando a operar abaixo de US$ 100 por barril nos contratos do mercado futuro. Há alguns dias, a commodity bateu seu maior valor desde 2008, próximo de US$ 140 o barril. A tensão entre Rússia e Ucrânia, que havia feito a cotação disparar, agora retoma negociações de paz.

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Além disso, o pessimismo vindo da China impôs incertezas sobre a demanda global do petróleo. O país asiático vem registrando nos últimos dias um novo surto de Covid-19, com uma subvariante mais transmissível que a ômicron.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI, com entrega prevista para abril, recuou 6,38% (US$ 6,57), a US$ 96,44,

Já o petróleo Brent, para maio, caiu 6,54% (US$ 6,99) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 99,91.

Covid-19 na China e negociações entre Rússia e Ucrânia

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Em relatório, a Rystad Energy identifica o surto de Covid-19 na China como principal causa para o tombo dos preços do óleo nas duas sessões desta semana.

“O risco de demanda de petróleo na China é real, estima-se que um bloqueio severo no país poderia colocar em risco o consumo de 500 mil barris por dia, o que seria agravado pela escassez de combustível devido aos preços inflacionados de energia”, destaca a consultoria, em relatório.

O banco Julius Baer Group AG, por outro lado, entende que o movimento entre ontem e hoje é um “sinal de extremo nervosismo” por parte do mercado, já que as tensões na Ucrânia seguem elevadas, na visão do banco suíço.

Em pronunciamento à nação, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que as negociações por um acordo de cessar-fogo continuariam nesta terça-feira (15), após uma pausa na segunda.

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Previsão da Opep para o petróleo não impressiona

Hoje também marcou a divulgação do relatório de março da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), embora sem grande reação de investidores, uma vez que o cartel trouxe poucas novidades em relação ao documento de fevereiro ao manter suas previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), demanda e oferta de petróleo globais em 2022.

A Capital Economics, no entanto, destaca que o grupo abriu espaço para revisões por conta do atual cenário geopolítico. “Ao contrário da Opep, já prevemos que a produção russa de petróleo diminuirá este ano. E do lado da demanda, estamos menos otimistas em relação ao crescimento econômico global”, ressalta a casa.

Com Estadão Conteúdo

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Bruno Galvão

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