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Petróleo tomba mais de 12% com aceno de negociações de Kiev a Moscou

Petróleo Brent, minério de ferro e ouro avançam com a vacina da Pfizer

Petróleo. Foto: Pixabay

O petróleo fechou a sessão desta quarta-feira (9) em forte queda, após as altas dos últimos dias. O mercado segue de olho na Guerra na Ucrânia, com um acordo de cessar-fogo para evacuação de civis e sinalizações de solução do embate entre Moscou e Kiev. A liberação emergencial de estoques do óleo e dados semanais do Departamento de Energia (DoE) norte-americano também entraram no radar.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril fechou em queda de 12,12% (US$ 15,00), a US$ 108,70. Enquanto o do Brent para maio perdeu 13,16% (US$ 16,84) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 111,14.

Os contratos futuros do petróleo operavam em alta durante a madrugada – mas a commodity passou a cair com a notícia de que a Agência Internacional de Energia (AIE) informou que os Estados membros já liberaram 62,7 milhões de barris de petróleo de maneira emergencial de seus estoques.

Depois, só aceleraram as quedas em meio a um cessar-fogo para permitir a fuga de habitantes na região que circunda Kiev, enquanto investidores monitoravam as perspectivas de diálogo para uma eventual solução no conflito.

O vice-chefe de gabinete do presidente ucraniano, Ihor Zhokva, afirmou que a Ucrânia está disposta a discutir neutralidade em relação à Organização do Tratado do Atlântico Nort (Otan).

O óleo chegou a reduzir perdas com o relatório semanal do DoE, que mostrou que os estoques de petróleo nos Estados Unidos caíram 1,863 milhão de barris, a 411,562 milhões de barris, na semana encerrada em 4 de março, mas intensificaram as quedas após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmar estar preparado para fazer concessões em prol de terminar a guerra.

Petróleo pode atingir US$ 240 se Ocidente adotar mais sanções

Para Edward Moya, da Oanda, além da fala de Zelensky, os preços do petróleo caíram à medida em que cresce o otimismo de que o impacto econômico das sanções está pesando na economia russa para que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, tente evitar uma longa guerra.

De acordo com o Julius Baer, o isolamento de Moscou deixa uma lacuna no mercado de petróleo. “O mundo não está prestes a ficar sem petróleo. Estamos testemunhando uma crise de preços e não uma crise de oferta”, destacou, em relatório enviado a clientes.

Apesar das quedas desta quarta, segundo a Rystad Energy, na pior das hipóteses, o preço do barril de petróleo poderá atingir US$ 240 em meados do ano se países ocidentais adotarem sanções em massa contra exportações de petróleo russo.

Com Estadão Conteúdo

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