Petróleo perde 3,8%, com preocupações com China e aumento da oferta da Líbia

O petróleo fechou em queda robusta nesta segunda-feira (1º) enquanto o mercado segue na expectativa pela reunião da Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), na quarta-feira (3).

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Há temores de que a Opep+ mantenha sua meta de produção, apesar da pressão dos Estados Unidos. Os contratos do óleo foram penalizados pelas preocupações renovadas com a demanda chinesa e aumento da oferta da Líbia.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em queda de 4,80% (US$ 4,73), a US$ 93,89 – menor valor desde 25 de fevereiro. Enquanto o do Brent caiu 3,80% (US$ 3,94), a US$ 100,03.

O petróleo não sofreu influência do dólar, que, após cair 5,90% na semana passada e fechar julho em baixa de 1,16%, o dólar encerrou o primeiro pregão de agosto em ligeira alta no mercado doméstico de câmbio, embora tenha flertado, nos momentos de maior pressão, com o patamar de R$ 5,20.

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A sessão do dólar foi marcada por muita volatilidade, com trocas de sinal ao longo do dia e oscilação de pouco mais de sete centavos entre a mínima (R$ 5,1303), pela manhã, e a máxima (R$ 5,2024), à tarde.

Operadores notaram forças opostas atuando na formação da taxa de câmbio. De um lado, a baixa predominante da moeda americana no exterior, diante da perspectiva de um ciclo de alta de juros menos longo e intenso pelo Federal Reserve, jogava a favor do real.

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Entre idas e vindas, o sinal positivo predominou no fim dos negócios e o dólar à vista encerrou a sessão cotado a R$ 5,1786, em ligeira alta, de 0,08%. No ano, a divisa apresenta perdas de 7,13%.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial oficial da China, medido pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês), fechou julho em 49, marcando queda em relação aos 50,2 da leitura do índice em junho, conforme informou a instituição neste domingo.

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Com o resultado, o PMI ficou abaixo de 50, o que significa contração da atividade no setor.

“O petróleo esteve sob forte pressão nesta manhã, já que o armazenamento flutuante global aumentou mais de 4% em relação à semana passada e os dados de PMI mais fracos do que o esperado da China deixaram os comerciantes no limite. A produção de petróleo da Líbia também aumentou acima das expectativas, acima de 1,2 milhão de barris / dia”, diz Dennis Kissler no BOK Financial. “Os fundamentos de curto prazo estão se inclinando para os ursos, já que mais oferta mundial parece estar a caminho com a queda da demanda por gasolina”, completa.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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