Opep projeta avanço da demanda global por petróleo em 2025 e 2026
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reafirmou sua previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,3 milhão de barris por dia (bpd). Se confirmada a projeção, o consumo global de petróleo somaria 105 milhões de bpd em 2025, conforme relatório mensal divulgado nesta quarta-feira (14).

Para 2026, a organização também manteve sua projeção para a alta na demanda em 1,3 milhão de bpd, o que traria o consumo total para 106,28 milhões de barris diários.
Apenas a demanda em países que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve registrar aumentos de 100 mil bpd neste e no próximo ano, segundo projeta a Opep. Fora da OCDE, a expectativa é de acréscimos de 1,2 milhão de bpd em 2025 e também no ano que vem.
Quanto à oferta, a organização cortou a previsão para o aumento da oferta da commodity entre os países fora da Opep+ em 2025 em 100 mil barris por dia (bpd), a 800 mil bpd. De acordo com o cartel, as maiores contribuições deverão vir dos Estados Unidos, Brasil, Canadá e Argentina.
Para 2026, a Opep+ igualmente reduziu sua projeção de alta na oferta do petróleo fora do grupo em 100 mil bpd, a 800 mil bpd. Como resultado, a organização espera que a produção fora da Opep+ some 54 milhões de bpd este ano e 54,81 milhões de bpd em 2026.
Ainda no relatório, a Opep informa que a produção da Opep+ diminuiu 106 mil bpd em abril ante março, para uma média de 40,92 milhões de bpd, de acordo com fontes secundárias. A Opep+ engloba a Rússia e outros produtores de petróleo que não integram a Opep.
Petróleo: Opep reduz previsão de crescimento do PIB global e dos EUA
A Opep cortou levemente a previsão para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2025, de 3% para 2,9%, também no relatório mensal divulgado nesta quarta. Para 2026, a projeção de avanço da economia global foi mantida em 3,1%.
No caso do PIB dos EUA, a Opep reduziu suas estimativas de avanço tanto para este ano, de 2,1% a 1,7%, após a contração de 0,3% vista no primeiro trimestre, quanto para o próximo, de 2,2% a 2,1%.
Já para a China, as projeções de crescimento em 2025 e 2026 foram mantidas, em 4,6% e 4,5%, respectivamente. Para a zona do euro, o cartel elevou a previsão de alta deste ano, de 0,8% a 1%, mas reafirmou a de 2026, em 1,1%.
Com Estadão Conteúdo