Petróleo: ministro saudita recomenda corte dos estoques

O ministro de Energia da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, disse neste domingo (19) que recomendou a diminuição dos estoques de petróleo com o objetivo de abaixar a oferta.

Antes de uma reunião ministerial com os principais produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o ministro declarou que “no geral, o mercado está em uma situação delicada”. Além disso, ele afirmou que a Opep, cujo o líder é a Arábia Saudita, apresentará mais dados na próxima reunião, marcada para junho.

Além da Opep, a Rússia e outros países produtores de petróleo decidiram reduzir a produção em 1,2 milhão de barris por dia. A medida entrou em vigor no dia 1º de janeiro e é válida por seis meses.

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Já o ministro de Energia da Rússia, Alexander Novak, afirmou que há várias possibilidades sendo estudadas, inclusive uma elevação na produção do petróleo segundo semestre do ano.

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Por outro lado, o ministro de Energia dos  Emirados Árabes Unidos, Suhail al-Mazrouei, afirmou que diminuir os cortes não é “a decisão certa”. Mazrouei completou dizendo que os Emirados não desejam um colapso de preços provocado pelo aumento da oferta.

Além disso, a Arábia Saudita também reafirmou que não vê necessidade de elevar a produção de petróleo neste momento. Atualmente, a commoditie está em torno de 70 dólares o barril. O país teme que o aumento da produção eleve os estoques, provocando uma diminuição dos preços.

Os Estados Unidos, por sua vez, desejam que o grupo aumente a produção para reduzir os preços. Os americanos são aliados da Arábia Saudita.

Reunião da Opep

Os principais membros da Opep, juntamente com outros países e a Rússia se reúnem neste domingo (19) na Arábia Saudita para discutirem o mercado de petróleo. Além disso, a reunião pretende abordar as tensões entre os países do Golfo.

Apesar de ser membro da Opep, o Irã não participará das tratativas. Rebeldes iemenitas apoiados por Teerã atacaram um oleoduto saudita. Em retaliação, houve sabotagens aos navios do Golfo.

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Além disso, as exportações de petróleo iraniano caíram por conta das sanções americanas . De acordo com Opep e a Agência Internacional de Energia (AIE), houve uma queda na demanda por petróleo em abril devido a intensificação das restrições dos Estados Unidos ao Irã.

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Apesar disso, nenhuma decisão sobre a situação no Irã deverá ser tomada pela Opep neste encontro. Só devem ser decididos o cumprimento dos compromissos assumidos no ano passado sobre uma queda de produção do petróleo. Ademais, deverá ser feito uma recomendação para uma a próxima reunião, que ocorrerá em junho e contará com a presença dos iranianos.

Renan Dantas

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