Petróleo dispara 7% e fecha semana com valorização de mais de 25%

O petróleo fechou em forte alta nesta sexta-feira (4), revertendo tendência de queda nos últimos dois dias. O que ditou o ritmo nesta semana foi o conflito no leste europeu. A commodity foi impulsionada pelo receio de que a guerra entre Rússia e Ucrânia afete a oferta global do ativo. Com a alta de hoje, o petróleo acumulou aumento de 25% nesta semana, nos contratos mais líquidos em Nova York e Londres.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para abril subiu 7,44% nesta sexta (US$ 8,01) e 26,30% na semana, a US$ 115,68. Já o do Brent avançou 6,93% na sessão de sexta (US$ 7,65) e 25,49% no acumulado semanal, a US$ 118,11, na Intercontinental Exchange (ICE).

O avanço acumulado desta semana é o maior desde o início de abril de 2020, quando o petróleo teve também seu maior avanço diário da história após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) sinalizar por cortes na oferta logo após o choque da Covid-19.

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Após uma segunda rodada de negociações entre representantes russos e ucranianos falhar em atingir um acordo de cessar-fogo na quinta-feira, autoridades do Kremlin voltaram a sinalizar que a Rússia não vai retirar suas tropas da Ucrânia tão cedo, ou ao menos até atingir seus objetivos.

Sanções à Rússia podem elevar mais ainda preço do petróleo

Nesta sexta, o Conselho de Segurança das Nações Unidas voltou a se reunir para discutir a crise, em especial o bombardeio de uma usina nuclear na Ucrânia, a maior de toda a Europa. EUA, França e Reino Unido criticaram os russos, enquanto chineses se ativeram a pedir pelo fim da guerra. Já a Rússia alegou que o Ocidente divulga mentiras sobre a operação militar na Ucrânia.

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O dia foi marcado ainda pela adoção de mais medidas para isolar a economia russa. Entre elas, o Departamento de Comércio dos EUA aplicaram mais controle sobre exportações ao setor de refinamento de petróleo russo. No setor privado, a S&P Dow Jones Índices anunciou a remoção de ações da Rússia de seus índices em Nova York e reclassficou o país de “emergente” a “standalone”.

Na avaliação da Capital Economics, “o petróleo tem espaço para subir ainda mais caso o Ocidente decida aplicar sanções à produção russa de commodities energéticas”. Ao mesmo tempo, a aparente falta de preocupação da Opep+ quanto à oferta global, após o cartel seguir com seu plano de acréscimo mensal de 400 mil barris por dia, “adicionou mais chamas” no mercado, diz a consultoria, em relatório.

(Com informações da Agência Estado)

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Bruno Galvão

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