Petróleo sobe e sustenta patamar de US$ 100, sem sinais de acordo entre Rússia e Ucrânia

O petróleo encerrou a sessão desta sexta-feira (18) em alta, com o mercado cético sobre negociações entre Rússia e Ucrânia no curto prazo. Além disso, a Agência Internacional de Energia (AIE) reportou um grave impacto do conflito na produção global. Isso levou a commodity de volta ao patamar de US$ 100 e, segundo especialistas, é nesse nível em que deve se manter por mais um tempo.

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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para maio fechou em alta de 1,42% (US$ 1,44), a US$ 103,09. Na semana, o contrato teve queda de 2,95%.

Enquanto isso, o do Brent para maio subiu 1,21% (US$ 1,29), na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 107,93, tendo queda semanal de 4,21%.

Na visão de Edward Moya, analista da Oanda, o petróleo continuará volátil em ambas as direções, já que os riscos geopolíticos não parecem que vão desaparecer tão cedo, então o nível de US$ 100 “provavelmente está aqui para ficar”.

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, acusou a Ucrânia de desacelerar as negociações de paz com propostas irreais, aponta. O mercado de petróleo ainda está muito apertado e a probabilidade de os EUA ganharem o apoio chinês para tornar a vida mais difícil para a Rússia parece menos provável no momento, avalia Moya. Um cessar-fogo ainda parece distante e isso deve manter os preços impulsionadas, projeta.

Mercado terá dificuldade em substituir produção de petróleo russa, diz banco

O Commerzbank aponta que as notícias da Rússia e da Ucrânia em relação às negociações de paz não “pareciam mais tão otimistas quanto antes, o que sem dúvida levou o mercado a reavaliar a situação”.

O banco alemão destaca a projeção da AIE de que o mercado perderá 3 milhões de barris de petróleo bruto e derivados por dia da Rússia a partir de abril. Além disso, a agência assume que a interrupção não será de curto prazo, mas continuará até o final do ano.

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Para o Commerzbank, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos poderiam preencher a lacuna expandindo sua produção. No entanto, isso consumiria a maior parte de suas capacidades sobressalentes, tornando praticamente impossível absorver outras interrupções de produção imprevistas.

Comprometeria também o acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), pois dificilmente a Rússia concordaria com esse movimento, aponta. Em termos de produção, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos teve baixa de 3 na última semana, a 524, informou hoje a Baker Hughes.

Com Estadão Conteúdo

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Bruno Galvão

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