Paralisação de petroleiros da Petrobras (PETR4) tem forte adesão e estado de greve pode ser aprovado

A paralisação dos petroleiros da Petrobras (PETR4) teve uma forte adesão nesta sexta-feira (24). Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em todas as assembleias realizadas hoje, a categoria vem aprovando o estado de greve.

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A paralisação dos petroleiros, segundo a entidade, acontece para firmar posição contrária à privatização da Petrobras bem como à permanência de gerentes na estatal alinhados ao governo anterior, de Jair Messias Bolsonaro.

Desde o final do ano passado, a federação tem defendido a revisão do acordo de venda de ativos firmado, em junho de 2019, entre a Petrobras e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

“O acordo com o Cade é prejudicial e contrário à política de refino do programa do setor de óleo e gás do governo Lula, que sinaliza a necessidade de ocupar mais o mercado brasileiro, o sexto maior mercado consumidor do mundo”, enfatiza Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

De acordo com a federação, assembleias prosseguem até o dia 7 de abril para que os petroleiros que trabalham em turnos de revezamento, em prédios administrativos ou embarcados e em regimes especiais possam votar.

Prates afirma que contratos serão cumpridos

Em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV) ontem (23), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, frisou que todos os contratos firmados pela estatal serão cumpridos. Apesar disso, os que ainda não foram assinados serão revistos.

“Estamos diante de uma mudança de governo, que permite repensar coisas que não funcionavam”, disse Prates sobre o assunto.

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Vale lembrar que no início deste mês, o Ministério de Minas e Energia (MME) pediu a suspensão dos contratos de ativos da Petrobras para reavaliar a Política Energética Nacional e da nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Na sexta-feira passada (17), a diretoria executiva da Petrobras respondeu ao ofício do MME dizendo que não encontrou fundamentos que justifiquem a suspensão de projetos com contratos já assinados. Atualmente, são cinco contratos assinados, ainda em negociação.

Sendo eles:

  • Refinaria Lubnor (Ceará): em US$ 34 milhões para a Grepar Participações;
  • Polo Potiguar (Rio Grande do Norte): em US$ 1,38 bilhão para a 3R Petroleum (RRRP3);
  • Polo Norte Capixaba (Espírito Santo): em US$ 544 milhões para a Seacrest;
  • Polos Golfinho e Camarupim (Espírito Santo): em US$ 75 milhões para a BW Energy;
  • Campos de Pescada, Arabaiana e Dentão (Rio Grande do Norte): em US$ 1,5 milhão para a 3R Petroleum.

Cotação Petrobras

As ações preferenciais da Petrobras operam com alta de 0,66% nesta sexta-feira (24), negociadas a R$ 22,95. Nos últimos doze meses, o papel teve valorização de 20,54%, enquanto no último mês houve uma desvalorização de 9,29% nos ativos da companhia.

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Janize Colaço

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