Petrobras tem sua oferta de R$ 3 bi de debêntures suspensas pela CVM

A Petrobras teve sua oferta de R$ 3 bilhões de debêntures suspensa pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), nesta sexta-feira (30). A suspensão será por até 30 dias.

Segundo a CVM, a Petrobras foi suspensa por conta das declarações da diretora de relações com investidores da empresa, em entrevista realizada no dia 27, que foi transmitida na internet pela XP Investimentos, que é uma das coordenadoras da oferta.

De acordo com o site “Valor Investe” a entrevista não violou o período de silêncio previsto.

“Estamos saindo das dívidas mais caras. Fizemos recompra de bonds, e vamos fazer operação de gestão de dívida o tempo todo. O mercado já está reconhecendo o crédito da Petrobras como melhor”, disse a diretora da Petrobras.

A CVM declara que o investidor deve basear sua decisão de investimento exclusivamente na documentação da oferta e nas informações divulgadas pela companhia enquanto for uma empresa aberta.

Petrobras perdeu o monopólio do gás de cozinha

Na última quinta-feira (29), o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que é presidido por Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, anunciou o fim à política de subsídio na venda do gás de cozinha que vinha sendo realizada pela Petrobras. A medida irá se tornar permanente a partir de março de 2020.

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Segundo o ministro Bento Albuquerque: “Esse movimento ao longo dos próximos seis meses levará a uma redução de preço para o consumidor final. A resolução anterior (que previa descontos) era inócua porque a baixa renda já não se beneficiava da diferença de preços, pagando preços similares ao da indústria.”

A partir da nova medida, o governo deve manobrar 37% da composição do preço, levando em conta tributos e margens de lucro na cadeia de produção e distribuição. Para o governo, isso levará a uma redução do preço ao consumidor.

Saiba mais: Petrobras perde subsídio no gás de cozinha após medida do Governo

O fim da vantagem da Petrobras fará com que o governo se planeje para considerar os concorrentes que se mobilizarão para importar o combustível do gás de cozinha (GLP), assim como a Copagaz fez ao importar diretamente da Bolívia para atender o Mato Grosso.

Rafael Lara

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