Petrobras (PETR4) vê dívida crescer 56% em 10 anos; Vale (VALE3) tem alta de 1,3%

A dívida bruta da Petrobras (PETR4) cresceu em 55,9% nos últimos 10 anos, ao passo que a Vale (VALE3) teve um crescimento de 1,3% na mesma lacuna de tempo. A informação foi constatada em estudo pela Economatica, empresa de dados financeiros, que analisou dados de dezembro de 2011 a março de 2021.

 

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No documento, a Economatica dedicou capítulos específicos para a Petrobras e também para a Vale, constatando que os números das duas gigantes estatais mostram uma realidade muito diferentes das demais companhias de capital aberto.

As dívidas de ambas representam quase 40% do endividamento das 239 companhias incluídas na pesquisa consolidada do mercado. Enquanto a dívida bruta da Petrobras cresceu em 55,9%, a Vale aumentou apenas 1,3% no mesmo período, segundo números dos balanços.

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Ao mesmo tempo, o caixa da petroleira, ou seja, os recursos disponíveis para pagamento de despesas correntes, teve queda real de 18,5%, enquanto o da mineradora engordou 487,1%.

Em 2020, pela primeira vez em pelo menos dez anos, a Vale fechou o balanço com mais dinheiro em caixa que a Petrobras, vantagem mantida no primeiro trimestre deste ano, segundo a Economatica.

Variação cambial aumentou dívida da Petrobras

Em relação ao período mais recente, a Petrobras informou que o aumento expressivo da dívida bruta em reais se deve, essencialmente, ao impacto da variação cambial nos balanços. Segundo os dados da empresa, a dívida em dólar caiu, em vez de subir, de US$ 87,1 bilhões, em 2019, para US$ 75,5 bilhões em 2020.

A Petrobras disse ainda que a prática de preços internacionais na venda de combustíveis foi “essencial” para continuar a reduzir o seu endividamento, mesmo com crescimento das operações, e que, em linha com o seu Plano Estratégico, continua em processo de “desalavancagem”, com o objetivo de diminuir a sua dívida bruta para US$ 60 bilhões até o fim de 2022.

Do lado da Vale, o diretor de Tesouraria e Finanças, Felipe Aigner, diz que a realização de desinvestimentos e o término do ciclo mais intenso de investimentos, com a conclusão do Complexo de Carajás, viabilizaram uma redução gradual do endividamento desde 2017.

“O período de 2014 a 2016, quando o preço do minério de ferro caiu abaixo de US$ 40 por tonelada (hoje está na faixa de US$ 200), foi duro para as mineradoras.”

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Aigner afirma também que, com a rápida recuperação da economia chinesa após os impactos da pandemia, os preços do minério de ferro atingiram patamares historicamente altos.

Isso permitiu uma redução adicional da alavancagem da Vale e uma maior geração de caixa, mesmo após a empresa cumprir as suas obrigações de reparação legal pelas perdas de Brumadinho, retomar sua política de distribuição de dividendos e anunciar um programa de recompra de ações.

Cotação de Petrobras e Vale

Há pouco, às 14h45 do pregão de segunda-feira (24), os papéis de Petrobras estão precificados em R$ 26,48, com alta de 2%, enquanto as ações de Vale estão com preço de R$ 109,80, representando alta de 0,33%.

Com informações do Estadão Conteúdo

 

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Eduardo Vargas

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