Petrobras (PETR4): Silveira não se opõe à permanência de Prates, mas pede compromissos, diz jornal

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ao presidente Lula por telefone na noite de domingo (7) que não se opõe à permanência de Jean Paul Prates na presidência da Petrobras (PETR4), desde que ele assuma alguns compromissos, segundo fontes à CNN Brasil.

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Segundo a publicação, Silveira pediu que Prates fosse menos “subserviente” ao mercado, deixando de atacar os conselheiros ligados ao seu ministério. Sugeriu, também, empenho em cumprir os planos de investimentos, aumentando a aposta em refino, gás e fertilizantes, e que parasse de “sabotar” a pauta de biocombustíveis no Congresso.

De acordo com fontes à CNN, a concordância de Silveira com Prates representa uma reviravolta, já que o ministro de Minas e Energia vinha trabalhando para tirá-lo do cargo. O movimento pode sinalizar, portanto, uma chance de sobrevivência do atual presidente da Petrobras.

Ainda sobre a estatal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem uma reunião marcada com o presidente Lula nesta segunda-feira (8), para tratar da situação da Petrobras. O encontro está marcado para às 18h, informou o jornal Valor Econômico.

Inicialmente, a expectativa era de que a reunião entre os dois ocorresse no domingo (7) à noite, mas teria sido cancelada pelo presidente da República. Outros ministros eram esperados, como Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Paulo Pimenta (Secom).

Em comunicado divulgado no sábado (6), em relação à notícias divulgadas na imprensa, a Petrobras afirmou que o pagamento de dividendos extraordinários não foi pauta da reunião do conselho de administração da companhia, realizada na última sexta-feira (5).

A Petrobras informou ainda que “fatos julgados relevantes serão tempestivamente divulgados ao mercado”.

Conforme o jornal Folha de S. Paulo na última quinta-feira (4), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, teria pedido uma reunião com o presidente Lula para conversar sobre a sua situação na empresa, expondo as conquistas e problemas de sua gestão.

Ele decidiu tomar a iniciativa depois que os ataques se intensificaram, partindo especialmente do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Em resposta, a companhia informou ao mercado na sexta-feira (5) que não tem conhecimento de qualquer decisão de substituição do atual CEO da companhia.

A declaração da Petrobras ocorreu após notícias sobre uma possível troca de Prates pelo atual presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante.

Também na última quinta-feira (4), a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) abriu um processo administrativo para investigar divulgações de notícias sobre a Petrobras, que passou o dia sendo alvo de especulações sobre troca no comando e distribuição de dividendos extraordinários.

A autarquia, porém, não informa quais informações são alvo do processo da Petrobras, que trata da supervisão de notícias, fatos relevantes e comunicados. Em geral, esse tipo de processo questiona a demora de empresas em se posicionar sobre notícias que impactam o valor das ações, informou o jornal Folha de S. Paulo.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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