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Petrobras (PETR4) irá remunerar acionistas com base na geração de caixa

A Petrobras (PETR4) divulgou seu plano estratégico para o período entre 2021 e 2025, priorizando o corte do endividamento.

A Petrobras (PETR4) divulgou seu plano estratégico para o período entre 2021 e 2025, priorizando o corte do endividamento.

A Petrobras (PETR4) informou, na manhã desta quarta-feira (28), que seu Conselho de Administração aprovou a revisão da política de remuneração aos acionistas da companhia. Segundo o fato relevante, o pagamento de dividendos passará a ser compatível com a geração de caixa da estatal.

De acordo com a Petrobras, mesmo em exercícios que não for apurado lucro contábil, esse processo será mantido.

Dessa forma, com as alterações aprovadas pelo Conselho, quando o endividamento bruto da petroleira estiver acima de US$ 60 bilhões, poderá ser apresentada a proposta de distribuição de dividendos, sem apuração de lucro contábil, quando a dívida líquida dos 12 meses anteriores apresentar uma queda, a depender do entendimento da direção quanto à sustentabilidade financeira da empresa. Assim, a distribuição de proventos deverá ser limitada à redução da dívida líquida.

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Além disso, em casos excepcionais, poderá ser proposto o pagamento de dividendos extraordinários, superando o dividendo mínimo legal obrigatório, ou o valor anual apurado a partir da fórmula (Remuneração = 60% (Fluxo de caixa operacionalCapex). Isso ocorrerá quando o endividamento bruto estiver inferior a US$ 60 bilhões, mesmo em casos de não verificação de lucro contábil no exercício.


A Petrobras pontuou que, em todos os casos dispostos, a distribuição de dividendos deverá observar o disposto na legislação aplicável, incluindo o artigo 201 da Lei das Sociedades por Ações.

Goldman Sachs enxerga assimetria positiva

O Goldman Sachs, em relatório, disse que ainda está analisando o impacto da nova política de remuneração dos acionistas atrelado ao processo de desalavancagem. No entanto, a instituição reitera que continua a enxergar uma assimetria positiva no atual preço das ações.

De acordo com as estimativas do banco de investimento, a estatal negocia a baixos preços em comparação à estimativa de fluxo de caixa livre para 2021, assumindo um preço de barril de petróleo Brent de US$ 60. Com isso, o Goldman reitera a recomendação de compra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 43 para os próximos 12 meses.

Por volta das 11h, os papéis da petroleira operavam em queda de 3,77%, a R$ 19,13, impulsionada pelo tombo do preço do petróleo nesta manhã.

Venda da Gaspetro vai render até R$ 0,13 por ação da Petrobras

A venda da participação de 51% da Gaspetro pela Petrobras vai render um ganho adicional de R$ 0,12 a R$ 0,13 por ação, segundo o relatório da XP Investimentos.

Os especialistas da corretora estimam o valor da Gaspetro entre R$ 4,33 bilhões e R$ 4,66 bilhões, e que a venda da participação geraria arrecadação de recursos de R$ 1,57 bilhões a R$ 1,68 bilhões para a estatal, “valores já líquidos de impostos sobre ganho de capital”.

Ontem, a Petrobras comunicou ao mercado que recebeu a proposta da Compass, subsidiária da Cosan (CSAN3) pela fatia de 51% da Gaspetro. A subsidiária possui o controle da Comgás, maior distribuidora de gás natural do País, fazendo com que o negócio possa trazer sinergias para a companhia.


O mercado permanece de olho na Petrobras, que apresentará seu balanço trimestral após o fechamento do mercado nesta quarta-feira. No segundo trimestre deste ano, a companhia registrou um prejuízo de R$ 2,71 bilhões.

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