Petrobras (PETR4): produção total de petróleo e gás sobe 1,1% no 1T22

A Petrobras (PETR4) informou nesta quarta-feira (27) que fechou o primeiro trimestre do ano com produção média comercial de 2,462 milhões de barris diários de óleo equivalente (petróleo e gás natural), alta de 0,5% em relação há um ano. Em relação ao quarto trimestre, o incremento foi de 2,4%, disse a companhia em seu relatório de produção. Ao todo (incluindo a parcela que não é comercializada), a produção foi de 2,796 milhões de boe/d, alta de 1,1% ante o primeiro trimestre de 2021.

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A produção brasileira de petróleo foi de 2,231 milhões de barris por dia (bpd), o que representou um avanço de 1,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A produção interna de gás natural foi de 526 mil boe/d, alta de 0,6% na mesma comparação.

No pré-sal, foram extraídos 1,682 milhão de bpd no primeiro trimestre de 2022, alta de 7,3% ante o primeiro trimestre de 2021.

Em seu relatório trimestral, a Petrobras informou ainda que a produção de derivados caiu 5,2%, para 1,726 milhão de bpd. O fator de utilização da capacidade das refinarias ficou em 87% no primeiro trimestre do ano.

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Outros destaques do relatório da Petrobras:

  • A produção do pós-sal no 1T22 foi de 467 mil bpd, 2,0% superior ao 4T21, devido principalmente à entrada de novos poços produtores na Bacia de Campos e ao menor volume de perda de produção decorrente de paradas para manutenção.
  • No 1T22, a produção em terra e águas rasas, por sua vez, foi de 82 mil bpd, 10 mil bpd abaixo do 4T21, em razão dos desinvestimentos de campos terrestres e águas rasas e ao declínio natural de produção.
  • A produção no exterior foi de 39 mil boed no 1T22, 2 mil boed abaixo do 4T21, devido ao declínio natural de produção dos campos.

Alta na produção dos navios plataformas

A Petrobras anunciou também aumento de 3,4% na produção média de óleo, líquidos de gás natural (LGN) e gás natural, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quarto trimestre de 2021.

“Este resultado se deu, principalmente, em razão da crescente produção dos FPSOs [navios plataformas] Carioca (campo de Sépia) e P-68 (campos de Berbigão e Sururu), localizados no pré-sal da Bacia de Santos, e da entrada em operação de novos poços no pós-sal na Bacia de Campos”, informou a companhia.

Também ajudou no resultado positivo a produção no Pré-Sal ter batido recorde mensal em janeiro de 2022, com 2,06 milhões de barris de óleo equivalente por dia; e recorde trimestral, 2,03 milhões de boed. Esse volume representa 72% da produção total da Petrobras, ante 71% no quarto trimestre do ano passado.

As refinarias da estatal estão sendo utilizadas com carga próxima ao máximo projetado. Em março deste ano, a empresa alcançou 91% de fator de utilização total (FUT) do parque de refino na última semana do mês. O fator no primeiro trimestre do ano foi de 87%, mantendo-se no patamar elevado observado no quarto trimestre de 2021 e cinco pontos percentuais mais alto que o registrado no mesmo período em 2021, quando houve paradas de unidades relevantes.

“A Petrobras está produzindo o máximo possível dentro de condições seguras, sustentáveis e econômicas. A definição do nível de utilização é uma decisão técnica e econômica, que leva em conta a demanda dos clientes da Petrobras, as alternativas globais de suprimento e preços de petróleo e derivados”, destacou Rodrigo Costa, diretor de Refino e Gás Natural da Petrobras.

No curto prazo, outro fator positivo para o crescimento da produção foi a conclusão da interligação do FPSO Guanabara, cujo início da operação está previsto para maio, no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.

A plataforma, a primeira definitiva do campo, tem capacidade para processar até 180 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos (m³) de gás. Na primeira fase, serão interligados 6 poços produtores e 7 poços injetores ao FPSO. Mero é o terceiro maior campo de petróleo do pré-sal, atrás apenas de Búzios e Tupi.

“O FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa a operar no Brasil. A implementação de um projeto com essa tecnologia é resultado de mais de uma década de aprendizado no pré-sal. O projeto foi concebido visando aliar capacidade produtiva, eficiência e redução de emissões de gases de efeito estufa”, ressaltou João Henrique Rittershaussen, diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras.

Petrobras e mais quatro empresas assinam contratos de cessão onerosa de Sépia e Atapu

A Agência Nacional de do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o governo federal realizaram nesta quarta-feira, 27, a assinatura dos contratos de partilha de produção do excedente da cessão onerosa nos campos de Sépia e Atapu. O leilão foi realizado em dezembro do ano passado. No certame, o governo conseguiu vender por R$ 11,1 bilhões os dois grandes campos do pré-sal da bacia de Santos. A expectativa é de que, juntos, os blocos de Sépia e Atapu elevem a produção de petróleo e gás natural do País em 12% e gerem R$ 204 bilhões em investimentos nos próximos 25 anos.

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Os contratos foram assinados com cinco empresas: a Petrobras e a Total Energies EP, referentes aos dois campos, a Petronas e QP Brasil em relação ao campo de Sépia, e a Shell Brasil referente à Atapu. A estatal pagou R$ 4,2 bilhões dos R$ 11,1 bilhões arrecadados em bônus de assinatura.

Na cerimônia de assinatura, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que o Executivo teve êxito em realizar um leilão com concorrência. Bento relatou ainda que recebeu nesta tarde uma mensagem do ministro do Petróleo e Gás do Qatar, na qual o colega parabenizou o governo brasileiro pela assinatura dos contratos. “É importante lembrar que o resultado de todos os oito leilões realizados no governo Bolsonaro significam investimentos de mais de R$ 800 bilhões”, disse Bento.

As áreas de Sépia e Atapu colocadas à venda em dezembro são continuações de campos operados pela Petrobras, nos quais ela já precisou gastar para desenvolvê-las e onde já produz cerca de 200 mil barris diários de óleo equivalente.

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Os blocos já haviam sido oferecidos em 2019, mas à época não atraíram as petroleiras. Na nova tentativa, a ANP reduziu em 70% o bônus de assinatura.

O novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, marcou presença na cerimônia de assinatura dos contratos, que aconteceu no prédio do Ministério de Minas e Energia, em Brasília. Também no evento, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, afirmou que, com a assinatura dos negócios, o governo e a agência “encerram um capítulo” da atividade de exploração.

“Do ponto de vista da geologia as áreas são excepcionais. Conseguimos também garantir boas condições contratuais e regulatórias”, disse Saboia, acrescentando que a transição energética precisa ser feita de forma equilibrada, sendo “imprescindível” continuar atendendo a demanda por hidrocarbonetos de forma eficiente.

Petrobras aprova venda de participação na Deten para a Cepsa por R$ 585 milhões

O conselho de administração da Petrobras aprovou nesta quarta-feira, 27, a venda da totalidade de sua participação (27,88%) na Deten Química, localizada no polo industrial de Camaçari, na Bahia, para a Cepsa, por R$ 585 milhões.

O valor será pago no fechamento da transação, com depósito de 5% do valor (R$ 29,25 milhões) na data de assinatura do contrato, que será descontado do valor total quando do pagamento.

A companhia informou ainda, por meio de fato relevante divulgado há pouco, que a transação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes, como o aval do Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade).

O valor do negócio, ainda segundo a empresa, não considera os ajustes que podem ocorrer até o fechamento da transação. “Essa operação está alinhada à otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando a geração de valor para os seus acionistas”, afirma a Petrobras.

Petrobras recebe R$ 14,5 bi referentes à parcela de 70% na compensação de Sépia

A Petrobras informou nesta quarta-feira, 27, que recebeu, à vista, R$ 14,55 bilhões da TotalEnergies, da Petronas e da QP Brasil, referente à parcela de 70% na compensação de Sépia.

O bloco foi adquirido pelo consórcio composto pela Petrobras (30%), TotalEnergies (28%), Petronas (21%) e QP (21%) na 2ª rodada de licitações do excedente da cessão onerosa no regime de Partilha de Produção, em 17 de dezembro de 2021.

O valor, segundo fato relevante divulgado pela Petrobras, já inclui a estimativa preliminar do gross-up dos impostos incidentes e poderá ser atualizado quando da apuração pela Petrobras do ganho de capital da transferência dos ativos para o regime de Partilha de Produção.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Marco Antônio Lopes

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