“Petrobras (PETR4) será polo irradiador da transição energética”, diz Prates

De acordo com o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, a estatal reúne todas as condições para ser o polo irradiador da transição energética no Brasil. Apesar disso, em evento na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, nesta quinta (23), ele reiterou que o pré-sal continuará sendo prioridade e que será crucial para viabilizar a transição energética. 

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Segundo Prates, a Petrobras tem avançado na descarbonização no pré-sal, alcançando a liderança mundial em captura, uso e armazenamento geológico de CO2 em 2022, com o recorde de 10,6 milhões de toneladas reinjetadas. 

“Tudo que a Petrobras está fazendo faz sentido técnico e econômico, inclusive para os stakeholders, não só pra ela. A maior parte do gás que ela reinjeta é CO2”, disse o presidente.

A Petrobras destaca que a reinjeção de gás contribui não só para a redução das emissões de CO2, mas também para o aumento da eficiência dos campos. E isso, por consequência, resulta em mais arrecadação aos cofres públicos. 

Diálogo aberto com players 

Sobre escoamento do gás natural, Prates afirmou que a estatal ainda precisa de um tempo para construir a infraestrutura. “Nós temos necessidade de discutir a definição das futuras rotas de transferência de gás, que tecnologias vão ser usadas e pra onde vão. Eu sou favorável à discussão aberta sobre o destino de cada conjunto de dutos, GNL embarcado, entre outras soluções”, disse.

Além disso, Prates reiterou que os contratos da Petrobras serão cumpridos e que o comportamento da companhia será de empresa que atua no mercado.

“Vamos disputar cada milímetro de metro cúbico ou milhão de BTU que estiver no mercado no seu melhor preço para o cliente que estiver do outro lado. E o preço vai depender de que tipo cliente que estiver do outro lado, da quantidade que está praticando ou do ponto de entrega”, complementou o presidente da Petrobras

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Petrobras e o futuro do gás

Prates destacou os projetos da Petrobras de ampliar a oferta de gás irão contribuir para reduzir a dependência do país ao gás importado.

O primeiro a entrar em operação será o Projeto Integrado Rota 3, previsto para 2024, essencial para viabilizar o escoamento e processamento de 21 milhões de metros cúbicos de gás natural produzido no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos.

Segundo ele, outro projeto de gás da Petrobras relevante é o Sergipe Águas Profundasna Bacia de Sergipe-Alagoas, que descortina uma das maiores províncias de gás do país, abrindo uma nova frente econômica na região Nordeste. O projeto terá potencial de ofertar até 18 milhões de metros cúbicos de gás por dia. 

Além disso, está no radar a entrada em operação, em 2027, do bloco BMC-33, no pré-sal da Bacia de Campos, operado pela Equinor em parceria com a Repsol e Petrobras. Localizado na área conhecida como Pão de Açúcar, o projeto tem volume potencial de até 16 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com previsão de instalação de uma plataforma.  

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Janize Colaço

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