Petrobras (PETR4) e PetroRio (PRIO3) são destaques com preço do petróleo em níveis históricos

Os contratos futuros do petróleo tipo Brent atingiram nesta terça-feira (18) as máximas em 7 anos, por causa da escalada das tensões no Oriente Médio, com os rebeldes houtis do Iêmen atacando os Emirados Árabes Unidos.

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Às 12h52 (horário de Brasília), o barril de petróleo tipo Brent para março avançava 0,94%, negociado a US$ 87,63, depois de alcançar US$ 87,32, o maior nível desde o fim de 2014. Já o barril WTI para março subia 1,64% no mesmo horário, negociado a US$ 84,62 o barril.

Com isso, as empresas petrolíferas lideram as altas do Ibovespa hoje, com destaque para PetroRio (PRIO3), 3R Petroleum (RRRP3) e Petrobras (PETR4).

Perto das 13h, as ações de PetroRio tinham a maior alta do índice, subindo 3,46%, a R$ 23,61. Em seguida, a 3R Petroleum apresentava alta de 1,13%, a R$ 36,97.

As ações da Petrobras também operam com valorização: PETR4 subia 0,76%, a R$ 31,42, e PETR3, 0,12%, a R$ 34,49.

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Segundo a análise da XP Investimentos, a tensão renovada no Golfo Pérsico, responsável por cerca de 40% do petróleo transoceânico no mundo, contribuiu para pressionar os preços.

Para as petrolíferas, a alta na cotação do petróleo fortalece as negociações de seus papéis, porém, o preço do petróleo nesse nível, coloca em risco o processo de desinflação global prevista para este ano.

Especialistas ouvidos pelo Suno Notícias não descartam que o preço da commodity ultrapasse os US$ 100 neste ano e apontam para os riscos de oferta. Leia mais:

Opep+ corta previsão para oferta brasileira de Petróleo em 2022

Hoje, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep+) reduziu a previsão para a oferta brasileira da commodity em 2022, de 3,84 milhões de barris por dia (bpd) a 3,82 milhões de bpd.

O resultado representaria um avanço de 190 mil bpd em relação a 2021, quando a produção nacional somou 3,62 milhões de bpd, de acordo com estimativas do cartel. Os dados constam em relatório mensal divulgado nesta terça-feira (18).

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Entre janeiro e novembro do ano passado, houve declínio de 48 mil bpd na produção brasileira, ante igual período de 2020, de acordo com a Opep+. O desempenho reflete a manutenção em algumas plataformas, medidas sanitárias para conter a Covid-19 e o atraso no início de projetos.

Em relatório divulgado na segunda (17), os analistas do Goldman Sachs avaliaram que o barril de petróleo tipo Brent deve chegar a US$ 100 neste ano, considerando a produção abaixo do esperado no Brasil e na Noruega, além de outros fatores como a escassez do produto em países da Opep+.

Os analistas esperam que os balanços da OCDE caiam para o menor nível desde 2000 até meados de junho, e a capacidade sobressalente da Opep+ deve cair para níveis historicamente baixos, dada a diminuição da perfuração nos principais países do cartel e com as dificuldades da Rússia para aumentar a produção.

Para petrolíferas, como Petrobras e PetroRio, a notícia pode ser positiva, mas os efeitos na economia, com a consequente alta nos preços dos combustíveis, pode dificultar o processo de desinflação.

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Monique Lima

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