Petrobras (PETR4): bancos e analistas elevam preço-alvo após balanço surpreendente

Nesta quarta (4), a Petrobras (PETR4) divulgou seus resultados no segundo trimestre deste ano. O mercado reagiu positivamente ao desempenho da companhia.

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Os números da estatal superaram as expectativas dos investidores. Por isso bancos e casas de análise elevaram o preço-alvo das ações da Petrobras.

Os papéis da estatal terminaram a quinta (5) liderando as maiores altas da sessão. A PETR3 saltou 9,63% durante o pregão, para R$ 29,27, enquanto a PETR4 decolou R$ 7,88%, para R$ 28,35. Nesta sexta, PETR4 opera estável, a R$ 28,31, e  PETR3 cai 0,75%, a R$ 29,05.

Depois do balanço, o Credit Suisse elevou o rating da estatal petrolífera para outperform, ou seja, indica a expectativa de que sua ações terão um desempenho acima do restante do mercado. Além disso, o banco aumentou o preço-alvo das s American Depositary Receipts (ADRs) da empresa para US$ 14 ante US$ 11 estabelecido antes do desempenho entre abril e junho.

O Credit Suisse não foi o único banco que mudou de opinião sobre as ações da petroleira. O Bradesco BBI elevou o preço-alvo das ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo para R$ 42, ante R$ 35, mas manteve a classificação em outperform.

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Na mesma linha, a Ativa Investimentos elevou o valor alvo para os papéis da Petrobras para R$ 32,20, o que representa uma valorização potencial de 13,6%. Mas a casa de análise continua com classificação neutra para a empresa.

“Após apresentar excelente resultado operacional no 2T21 por causa dos maiores preços no upstream e volumes mais altos no refino, promovemos uma revisão altista em nosso price target, mas seguimos neutros acreditando que o EV/Ebitda )Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) da Petrobras tende a ser negociado com algum nível de deságio perante seus pares globais, enquanto questões como a defasagem de preços na gasolina, o impacto do crescimento da agenda verde no setor e o risco político persistirem”, explica a Ativa em relatório.

Os analistas da Mirae Asset, por sua vez, seguiram com recomendação de compra para as ações da Petrobras e projetaram uma valorização potencial de 25% para os papéis.

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Resultados da Petrobras superam expectativas do mercado

Durante o segundo trimestre do ano, o lucro líquido recorrente da empresa foi de R$ 40,704 bilhões atribuído aos acionistas. Assim a estatal conseguiu deixar para trás o prejuízo de R$ 13,732 bilhões registrado um ano antes.

A disparada do petróleo ajudou a companhia a elevar seus ganhos. O barril do tipo Brent avançou 13% no período, impulsionando uma alta de 117,5% nas vendas da empresa, que atingiram R$ 110,71 bilhões.

Contudo, considerando itens não recorrentes, o lucro líquido da Petrobras ao final de junho foi de R$ 43,041 bilhões. A empresa atribuiu os ganhos à venda de sua parte na BR Distribuidora (BRPR3), a exclusão do ICMSe recompra de bonds como lucros adicionais no período.

Já a dívida líquida da Petrobras ficou US$ 53,262 bilhões no final do trimestre, o que equivale a uma queda de 25,2% sobre os US$ 71,222 bilhões na comparação anual.

Na avaliação da Guide Investimentos, “o resultado da Petrobras é fruto da política de redução do endividamento e da melhoria de alocação do capital da companhia, que permite com que a estatal a concentre cada vez mais os seus recursos em ativos de classe mundial em águas profundas e ultra-profundas que a empresa tem realizado desde o mandato do ex-presidente da estatal, Roberto Castello Branco.”

Última cotação

As ações da Petrobras (PETR4) terminaram a sessão de quinta em alta de 7,88%, valendo R$ 28,35, enquanto a PETR3 avançou 9,63% durante o pregão, para R$ 29,27

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Laura Moutinho

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