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Petrobras (PETR4): Dividendos ‘pagarão’ todo investimento feito, dizem analistas

Segundo analistas da Genial Investimentos, a Petrobras (PETR4) seguirá com pagamento de dividendos altos nos próximos anos, apesar do risco associado às eleições.

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“De acordo com as nossas estimativas, investir na Petrobras aos preços atuais, significaria ter 100% retornado via dividendos em até cinco anos (sem considerar distribuições extraordinárias)”, diz a casa.

Atualmente, os dividendos da Petrobras já colocam a estatal como a maior distribuidora de proventos do mundo, dado o dividend yield (DY) de 53,6%, segundo dados do Status Invest.

Segundo os analistas da Genial, a empresa conseguiu reduzir seu endividamento, retornar ao lucro e gerar caixa de maneira saudável nos últimos anos, o que pode seguir nos próximos anos.

O risco das eleições é citado, mas o preço atual, segundo os especialistas, já reflete uma incerteza com a companhia

“A depender do resultado da corrida eleitoral, podemos ter uma empresa diferente em relação ao que ela foi nos últimos anos. Em nossa leitura, o atual valuation da Petrobras reflete, ainda que parcialmente, essa incerteza. O resultado da corrida eleitoral presidencial vai nos dar uma orientação mais clara sob qual orientação estratégica a Petrobras deve seguir nos próximos anos a depender da orientação econômica do vencedor do pleito”, diz a Genial.

Além disso, com um eventual prosseguimento do plano de negócios atual da empresa, de desinvestimento e venda das refinarias, a Petrobras seguirá com uma dinâmica vantajosa por conta de alguns pontos positivos, incluindo os dividendos:

  • Foco; com a empresa seguindo seus esforços financeiros no desenvolvimento do pré-sal
  • Dividendos extraordinários; considerando um nível de produção esperado e a atrativa curva de preços do petróleo, a geração de caixa da empresa deve ser suficiente para executar o seu plano de investimentos esperados para 2022-2026
  • Venda de refinarias; com a conclusão da venda das refinarias da Petrobras trazendo uma menor percepção de risco ao case da Petrobras, o que deve acabar por trazer uma reprecificação no ativo

‘Para comprar Petrobras, monitore preço do petróleo’

Como risco, a paridade internacional (PPI) pode causar algumas oscilações no ativo, dado que a cotação do petróleo tem oscilado nos últimos meses com fatores geopolíticos – como a Guerra na Ucrânia.

Os analistas destacam que o PPI, aprovado em 2016, é positivo, assim como a Lei das Estatais de um modo geral. Contudo, por conta disso, vale ficar de olho na cotação do Brent (que está, atualmente, pouco acima dos US$ 20).

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“Em suma, o acompanhamento da paridade aos preços internacionais é fundamental para tese de dividendos/geração de caixa da empresa e eventuais alterações na lei das estatais devem ser acompanhadas de perto. Como podemos perceber no gráfico abaixo, conseguimos perceber desvios em relação a paridade tanto na gasolina quanto no diesel em determinados períodos de tempo”, diz a Genial.

Riscos para PETR4 pós eleições

Apesar da blindagem da lei das estatais e do PPI, os analistas frisam que a companhia pode ter sua tese revisada a depender do resultado das eleições.

Em nossa leitura, os principais riscos para tese de investimento da empresa é são uma mudança na orientação estratégica da empresa, e uma queda expressiva nos preços do petróleo, fazendo com que a empresa tenha que alterar seus planos de expansão da produção e passar a ser menos generosa quanto ao pagamento de dividendos”, diz a Genial.

Além disso, outro risco é uma eventual “alteração nas leis das estatais e mudanças no estatuto da Petrobras com objetivo de uso político das operações da Petrobras e um derramamentos ou catástrofes ambientais”.

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Eduardo Vargas

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