Grana na conta

Petrobras (PETR4) bate o martelo sobre disputa por dividendos extraordinários; confira

A Petrobras (PETR4) se manifestou na noite do domingo (27) sobre o pagamento de dividendos extraordinários, calculados em R$ 43,68 bilhões. Em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a petroleira ressaltou que esses repasses aos acionistas estão previstos na política da empresa.

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“Além disso, a companhia não contrai dívida para pagar dividendos”, ressaltou a Petrobras no posicionamento, publicado após a divulgação de notícias sobre o pedido do Ministério Público para que o Tribunal de Contas da União (TCU) suspendesse o pagamento antecipado dos dividendos da companhia.

No início de novembro, a Petrobrás aprovou o pagamento de dividendos de R$ 3,3489 por ações preferenciais e ordinárias em circulação, previstos para serem distribuídos em 20 de dezembro e 19 de janeiro de 2023.

Com essa decisão, uma parte dos repasses da Petrobras que entrariam no caixa do Tesouro Nacional durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será antecipada e cairá na conta do Estado ainda no mandato de Jair Bolsonaro (PL). Segundo o Estadão, o governo de transição pedirá o cancelamento da distribuição destes dividendos.

Em 17 de novembro, o ministro Augusto Nardes, do TCU, negou suspender cautelarmente a distribuição desses dividendos e pediu para que a petroleira e a CVM prestassem esclarecimentos.

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Dividendos da Petrobras

O pagamento do “megadividendo” da Petrobras também acendeu um alerta na Federação Única dos Petroleiros (FUP), que pediu a suspensão do anúncio do plano estratégico da companhia.

Segundo a federação, os dividendos totais do ano devem chegar próximo à casa dos R$ 180 bilhões. Porém, os investimentos realizados pela empresa até junho deste ano ficaram na faixa de US$ 17 bilhões.

No comunicado, a Petrobras assegurou que “o plano estratégico é autofinanciável e todos os
investimentos previstos estão sendo realizados. Não há represamento de projetos por restrição orçamentária e todos os compromissos estão sendo cumpridos”.

“A dívida da companhia está em trajetória decrescente, com redução de US$ 5,3 bilhões em relação ao 3T21. Em 30 de setembro de 2022, a dívida bruta da companhia era de US$ 54,3 bilhões, incluindo os compromissos relacionados a arrendamentos mercantis, inferior ao nível de endividamento bruto ótimo de US$ 60 bilhões e ao limite estabelecido na política de US$ 65 bilhões”, detalhou a Petrobras.

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Erick Matheus Nery

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