Petrobras (PETR4): Secretário do Tesouro diz que ‘não conta com dividendos extraordinários’ em 2025

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, disse nesta segunda (2) que o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 não traz projeção de dividendos extraordinários – como os da Petrobras (PETR4), que representam uma injeção de capital relevante nos cofres públicos.

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Ele explicou que a equipe econômica optou por um cenário mais conservador e esclareceu que a principal diferença na projeção para 2025 em relação a 2024 está nos dividendos do BNDES, com uma expectativa de entrar menos R$ 4 bilhões na comparação com este ano.

O PLOA prevê que a União vai arrecadar R$ 33,8 bilhões com a distribuição de dividendos das empresas estatais federais em 2025, sendo R$ 14,6 bilhões da Petrobras, R$ 8,1 bilhões do Banco do Brasil (BBAS3), R$ 6,3 bilhões do BNDES, R$ 1,9 bilhão da Caixa Econômica Federal e R$ 2,9 bilhões de outras empresas menores.

O secretário também afirmou que, com base em números, não é verídica a narrativa de que há expansão da carga tributária.

“Ainda estamos em processo de recuperar renúncias não compensadas em 2022”, avaliou.

Dividendos da Petrobras até agora

No acumulado dos últimos 12 meses, os dividendos da Petrobras somaram R$ 6,39 por ação, conforme dados do Status Invest.

Com isso, o dividend yield (DY) das ações PETR4 fica em 16,4% atualmente.

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O mercado segue com expectativas relativamente altas acerca dos proventos da petroleira, especialmente sore os extraordinários.

Recentemente as ações da companhia tiveram uma alta substancial que foi parcialmente atrelada a um relatório do Morgan Stanley sobre o tema.

“Nossa análise de cenário de múltiplos aponta para potenciais distribuições extras de cerca de US$ 7 bilhões (R$ 38,3 bilhões) até 2025”, disse a casa.

O banco projeta um potencial de retorno total de 60% para a Petrobras, sendo 37% em relação à valorização das ações, 16% de dividendos regulares e 7% de dividendos extraordinários.

A casa cita que o forte perfil de geração de caixa é a principal vantagem da Petrobras frente aos seus pares globais. Os analistas projetam um rendimento de FCF (fluxo de caixa livre) de 22% em 2024 e 23% em 2025.

“Acreditamos firmemente que a Petrobras tem os melhores ativos de petróleo offshore do setor, com produtividade de poço incomparável e baixos custos de capex e produção”, dizem os analistas.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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