Petrobras (PETR4) fecha contratos bilionários com a SCGás

A Petrobras (PETR4) firmou dois novos contratos com a companhia de gás de Santa Catarina (SCGás).

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Os contratos de compra e venda de gás natural da Petrobras somam R$ 7,6 bilhões, conforme comunicado pela estatal.

Esses acordos são resultado de chamada pública da SCGás, que visa ao suprimento de gás natural para atender ao mercado regulado.

“Os novos contratos reforçam a parceria comercial entre as empresas e contemplam flexibilidades para a SCGás que corroboram marcos da abertura do mercado de gás natural brasileiro, mantendo a segurança e confiabilidade do suprimento Petrobras em condições comerciais competitivas e aderentes à realidade da indústria de gás natural”, diz a estatal em seu comunicado.

Prates defende reinjeção de gás em poços pela Petrobras, em meio a críticas do MME

Em meio às pressões do Ministério de Minas e Energia (MME) para que a Petrobras (PETR4) mude sua política de reinjeção de gás em reservatórios de petróleo, o presidente da petroleira, Jean Paul Prates, voltou a endossar neste sábado, 24, o uso da tecnologia pela empresa, não apenas como forma de impedir a emissão de gás carbônico na atmosfera, mas também como uma ferramenta necessária para aumentar a produção de petróleo, elevando assim a arrecadação de tributos.

Em uma rede social, Prates postou um artigo defendendo a reinjeção de gás carbônico nos poços de petróleo, de autoria de Tiago Homem, gerente executivo de Reservatórios da Petrobras. O texto foi publicado pelo portal Metrópoles, e respostado por Prates em sua conta no Twitter.

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No artigo, Tiago Homem defende que a prática tem “caráter técnico”, com objetivo de “garantir o melhor aproveitamento dos recursos energéticos brasileiros, sempre com respeito à segurança e ao meio ambiente, de forma a contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil”. O autor explica que a maior parte do gás natural produzido no Brasil está associado ao petróleo em campos do pré-sal, com grande teor de gás carbônico (CO2).

“Isso significa que, para produzir o petróleo do pré-sal, obrigatoriamente é extraído gás natural e CO2 entranhado no óleo. Esse CO2 que vem com o óleo não deve ser liberado na atmosfera por provocar efeito estufa. Logo, precisa ser reinjetado e o gás natural é justamente o veículo que leva o CO2 de volta aos reservatórios. Com esta operação realizada continuamente nas diversas plataformas do pré-sal, a Petrobras executa o maior processo de captura de carbono do mundo”, defendeu Tiago Homem.

O gerente da petroleira diz ainda que, “devido às condições específicas do pré-sal brasileiro, a reinjeção de gás proporciona um aumento na produção de petróleo e, portanto, gera maiores receitas e, consequentemente, maior arrecadação de tributos aos governos nos seus diferentes níveis, sendo a melhor solução para a sociedade”.

“Em projetos grandes como algumas plataformas do Campo de Búzios, na Bacia de Santos, a arrecadação de tributos poderia reduzir em até 25% se não houvesse reinjeção”, calculou o Tiago Homem.

O texto lembra ainda que a reinjeção de gás nos reservatórios vem sendo feita conforme projetos aprovados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e pela governança das grandes empresas parceiras que operam campos em parceria com a Petrobras.

“Sem injeção de gás, devido a menor produção de petróleo, alguns destes projetos não seriam sancionados pelas empresas (Petrobras e parceiras), devido aos indicadores econômicos piorarem bastante”, afirma o artigo. “Uma menor parte da produção é reinjetada por falta de mercado consumidor, um caso específico do sistema isolado da região Norte. Outra parte pequena da reinjeção se deve a limitações temporárias da capacidade de escoamento do pré-sal, que serão sanadas com a implantação do gasoduto da Rota 3 prevista para o próximo ano.”

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Eduardo Vargas

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