Petrobras (PETR4) planeja captação de R$ 3 bi em debêntures incentivadas

A Petrobras (PETR3;PETR4) está planejando uma captação de R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, que consistem em títulos de dívida isentos de imposto de renda (IR). As informações foram publicadas pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, nesta terça-feira (19).

Os bancos que coordenarão a operação são: Itaú BBA, Safra e BB Investimentos. As instituições ficarão com o papel que será lançado pela estatal petroleira. Porém, caso haja demanda no mercado secundário para os títulos, uma parte poderá ser vendida.

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O mercado de debêntures incentivadas é formado por investidores pessoas físicas, em sua maioria, e tem recebido uma demanda por papéis nos últimos meses. Por outro lado, o mercado de debêntures tradicionais segue com pouca procura por novas operações. Vale destacar que neste mercado os principais negociantes são as gestoras independentes e assets.

Balanço da Petrobras no primeiro trimestre de 2020

A Petrobras apresentou um prejuízo de R$ 48,523 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O balanço da estatal petrolífera foram divulgados na última quinta-feira (14).

A petroleira brasileira reverteu o resultado positivo registrado no primeiro trimestre de 2019, quando tinha obtido um lucro líquido de R$ 4,03 bilhões. No último trimestre do ano passado, a empresa também teve lucro, de R$ 8,153 bilhões.

No acumulado de 2019, a estatal tinha registrado o maior lucro da história, de R$ 40,1 bilhões. A última vez que a Petrobras chegou a registrar um resultado negativo tinha sido no terceiro trimestre de 2017, quando tinha registrado uma contração de R$ 5,48 bilhões.

A receita bruta da estatal petroleira foi de R$ 75,469 bilhões, uma queda de 6,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação ao quarto trimestre de 2019, quando tinha sido R$ 81,771 bilhões, essa queda foi de 7,7%.

De acordo com a Petrobras, o resultado foi influenciado pela revisão de preços dos ativos afetados pelo impacto da crise do coronavírus (covid-19). Além disso, no primeiro trimestre as despesas operacionais cresceram 243% em relação aos últimos três meses de 2019. Isso porque foram reconhecidos R$ 65,3 bilhões em impairments.

Juliano Passaro

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