Petrobras (PETR4) derrete 10% no exterior após vitória de Lula; Bolsa cai 5%

As ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras (PETR4) caem 10,04% no premarket de Nova York nesta segunda-feira (31), após o resultado das eleições.

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Os papéis da Petrobras na Bolsa Americana já haviam caindo cerca de 1,8% na sexta (28).

Além disso, o EWZ, papel que representa a bolsa de valores brasileira lá fora, cai 5,7% no premarket – se concretizada, pode ser uma das maiores quedas do ano, junto com recuos de magnitude semelhante em junho e em outubro.

Essa movimentação antecipa como deve ser a abertura de mercado em solo brasileiro, com retrações puxadas pelas estatais.

Outro ativo que cai, porém em menor magnitude, são as ADRs da Vale (VALE3), que mostram um recuo de 2,45% no premarket. A companhia é a que tem a maior relevância no Ibovespa, logo na frente da Petrobras.

Também há expectativa de como o dólar deve se comportar no pregão pós-eleições, dada a cautela do mercado em meio ao pleito que foi o mais apertado da história do Brasil.

No caso da Petrobras, o que fica em dúvida são as políticas de preço e os componentes de gestão que tornaram a empresa extremamente lucrativa nos últimos anos – fazendo-a a maior pagadora de dividendos do mundo, segundo a gestora Janus Henderson.

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Queda da Petrobras e estatais, alta de educacionais e varejo

Segundo a XP, na semana passada, os ativos brasileiros tiveram desempenho fraco e inferior ao dos mercados globais.

O Ibovespa caiu 4,5% e o real desvalorizou 2,5%, com o mercado precificando menores chances de reeleição do presidente Bolsonaro.

As ações das empresas estatais estiveram entre as maiores quedas, já que tanto a Petrobras (PETR4) quanto o Banco do Brasil (BBAS3) caíram mais de 13% durante a semana.

Por outro lado, as ações do setor de educação tiveram um forte desempenho, com Yduqs (YDUQ3) subindo 22% e Cogna (COGN3) 9% – na mesma toada de quando Lula (PT) tweetou sobre uma eventual volta do Fies.

Além disso, algumas ações do varejo e construtoras de baixa renda também tiveram bom desempenho, com a Magalu (MGLU3) com uma alta de 5,5% e MRV (MRVE3) com alta de 5,2%.

Segundo a XP, esses são os setores que tendem a ser favorecidos na presidência de um governo do presidente Lula: varejo, construtoras de baixa renda e educação.

“Esse deve ser o tom do mercado nos próximos dias, e as ações das estatais devem continuar voláteis, dada a persistente incerteza em relação às suas políticas futuras. No caso do Banco do Brasil (BBAS3), essas questões giram em torno das linhas de concessão de crédito subsidiadas. Para a Petrobras, as principais questões são em relação à futura política de precificação de combustíveis, bem como seus programas de investimentos futuros”, diz o analista-chefe da XP, Fernando Ferreira.

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Eduardo Vargas

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