Petrobras (PETR4) anuncia queda no preço do gás natural vendido para distribuidoras

Petrobras (PETR4) anunciou nesta quarta-feira (19) um corte no preço do gás natural vendido para as distribuidoras.

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Conforme o anúncio da Petrobras, a empresa reduzirá em 7,1% os preços médios de venda do gás natural, considerando a variação da cotação da molécula e do transporte por dutos em relação ao trimestre anterior.

A última atualização havia sido realizada no dia 1º de maio, quando houve redução de 8,1%.

O novo preço do gás natural passa a vigorar a partir do dia 1º de agosto.

“Com essa atualização, o preço do gás natural vendido pela Petrobras para as distribuidoras acumulará redução de aproximadamente 25%”, destacou a Petrobras em nota.

Segundo a estatal, os contratos preveem atualizações trimestrais vinculadas às oscilações do petróleo tipo Brent e da taxa de câmbio. No último trimestre, o petróleo teve queda de 3,8% e o câmbio, alta de 4,8%.

A Petrobras informou, ainda, que o preço do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da companhia, mas também pelo portfólio de suprimento de cada distribuidora, assim como suas margens e tributos federais e estaduais.

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Petrobras manterá ‘proeza’ de pagar dividendos robustos mesmo com nova estratégia da empresa, diz banco

Em relatório divulgado na segunda-feira (17), analistas do Santander Brasil (SANB11) pontuaram que as mudanças na estratégia da Petrobras (PETR4) provavelmente terão um impacto financeiro limitado, mas acredita que a estatal manterá sua ‘proeza’ de pagar dividendos robustos.

No texto, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz destacaram ainda que o capex [Capital Expenditure ou Investimentos em Bens de Capitais] do plano 2024-2028 pode ser semelhante ao do plano 2023-2027, em torno de US$ 78 bilhões, “dado que a empresa não tem tempo para alterar seus planos de investimento tão rapidamente”.

Além disso, os novos ajustes no plano de negócios da Petrobras poderão ser divulgados em agosto, antes do novo plano estratégico que deve ser divulgado no quarto trimestre de 2023, informou o diretor-presidente da empresa, Jean Paul Prates, à agência Reuters.

Ainda de acordo com o Santander, citando reportagem do Broadcast, a estatal poderia manter o pagamento trimestral de dividendos com uma política que implica em um dividend yield (DY) de dois dígitos e apresenta uma mudança gradual em relação à política atual.

Em relação ao capex da Petrobras, o banco incorporou um valor em linha com o plano atual, ou seja, de US$ 18 bilhões para 2024/2025, totalizando US$ 78 bilhões para 2023-2027.

Já sobre dividendos da Petrobras, os analistas acreditam que devem ficar em torno de 40% do fluxo de caixa livre para o segundo trimestre em diante, “mas não ficaríamos surpresos se a política atual (60% do fluxo de caixa livre) se aplicasse a outro trimestre, o que implicaria um dividend yield de 17% para 2023E (vs. nosso caso-base de 13%)”, disseram.

“Continuamos confortáveis com nossas estimativas de caso-base para a Petrobras, que incorpora as variáveis acima mencionadas e leva a um rendimento de fluxo de caixa livre de 26% e 20% para 2023 e 2024, respectivamente, e um DY de 13% e 9% em 2023 e 2024”, acrescentaram.

O Santander tem recomendação “outperform” para as ações da Petrobras, o equivalente a “compra”, com preço-alvo a US$ 19,00 para as ADRs.

Petrobras: não há prazo para licença na Foz do Amazonas, diz site

O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, disse que o Brasil deveria ter realizado estudos mais robustos antes de conceder à Petrobras os direitos de exploração de uma região ecologicamente sensível em alto-mar, que é parte fundamental do plano de negócios da estatal.

Em entrevista à Bloomberg News, Agostinho informou que a autoridade ambiental já bloqueou a perfuração de um poço da estatal na bacia da Foz do Amazonas, na área conhecida como Margem Equatorial Brasileira, e não tem pressa em decidir sobre um recurso apresentado pela Petrobras.

Ainda de acordo com o presidente do Ibama, o Ministério de Minas e Energia (MME) pode ter de publicar estudos de impacto mais detalhados para a Margem Equatorial antes que as empresas petrolíferas possam perfurar. Para Agostinho, foi um ‘equívoco’ conceder blocos em novas fronteiras exploratórias sem essas avaliações.

“O que está em discussão é toda a exploração de petróleo em uma região pouco conhecida. Não é um único poço. É isso que estamos gritando em voz alta”, disse Agostinho em entrevista.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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