Petrobras (PETR4) busca acordo com fundo soberano sobre refinaria ainda no primeiro semestre, afirma Prates

A Petrobras (PETR4) está buscando firmar um novo acordo em relação à refinaria de Mataripe no primeiro semestre de 2023, conforme apontou o CEO da companhia, Jean Paul Prates.

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Em publicação feita nesta terça-feira (13) em sua rede social “X”, o presidente da Petrobras diz que a empresa e o fundo Mubadala já acertaram a intensificação dos trabalhos para que, após o período de Carnaval, as equipes possam firmar um novo acordo para a Petrobras retornar para a refinaria ainda neste semestre.

“Acertamos que nossas equipes intensificarão os trabalhos logo após a volta dos feriados de Carnaval com vistas a finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024”, afirmou Prates.

Apesar disso, o CEO da Petrobras também destaca que “demais detalhes e andamentos atuais serão mantidos sob confidencialidade até a finalização do processo”.

Prates diz que já vinha conversando com a Mubadala Capital desde o começo de 2023 em relação aos investimentos do fundo em território brasileiro. Nesse sentido, ele afirma que vem buscando firmar uma parceria para “recuperar a operação da Refinaria Landulpho Alves – Mataripe (RLAM), na Bahia”, e ainda, para expandir e aprimorar o “empreendimento de biocombustíveis do grupo no Brasil”.

Petrobras e a venda da Rlam

A Refinaria Landulpho Alves (Rlam) foi vendida no ano de 2021 ao fundo Mubadala pelo valor de US$ 1,65 bilhão. A venda foi realizada quando o presidente do Brasil era Jair Bolsonaro (PL), e a operação era parte da estratégia de desinvestimentos da petroleira na época.

Na ocasião, o valor foi considerado abaixo do esperado por bancos de investimentos como o BTG e pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), que esperavam pelo menos o dobro pela venda.

A operação também foi criticada pelo governo do presidente Lula e pela atual gestão da estatal. Em novembro, no fim da apresentação do plano estratégico da Petrobras para o quinquênio 2024-2028, Prates indicou que a recompra era uma possibilidade. Mas, em 13 de dezembro, afirmou que a Petrobras não vai recomprar a refinaria.

Dias depois, a petroleira informou que está avaliando a proposta da Mubadala Capital de parceria para atuar no downstream no Brasil, em refino e biorefino, a partir de óleo vegetal oriundo de culturas nativas.

O executivo da Petrobras iniciou sua gestão na companhia ainda no ano passado. Desde então, ele vem buscando alternativas para reavaliar as vendas de refinarias que foram realizadas na outra gestão.

No início deste ano, Prates disse, também por meio de redes sociais, que a venda da refinaria está sob avaliação da estatal, em diálogo com os órgãos de controle. Segundo ele, há procedimento administrativo instaurado para avaliação do negócio, sob apreciação das áreas de integridade pertinentes da companhia.

Por fim, além das conversas em relação à refinaria, o presidente da Petrobras disse que a reunião com o presidente do conselho do Mubadala Capital, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, também teve como pauta os “cenários do setor de petróleo e gás bem como os efeitos da transição energética, seu ritmo realista e seu impacto em empresas estatais tradicionalmente operadoras de hidrocarbonetos”.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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