Petrobras (PETR4) vive ‘dia da marmota’ e volta a recuar após nova sinalização de Bolsonaro
Em meio a semana complicada, os ativos da Petrobras (PETR4) voltaram a fechar em forte queda nesta quinta-feira (25) depois de uma nova sinalização do presidente Jair Bolsonaro de interferência na petrolífera.
Em evento em Foz do Iguaçu (PR) com seu indicado para assumir a presidência da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, o presidente da República cravou que haverá “uma nova dinâmica” na estatal, afirmando ainda que todos os que “dependem do produto” da estatal irão “se surpreender positivamente” com o trabalho do general.
Na análise de Murilo Breder, analista de ações da Easynvest, o mandatário se direcionou “claramente” a motoristas, incluindo caminhoneiros, que consomem combustíveis. “Mais um vez Bolsonaro dando uma sinalização de interferência”, afirmou Breder.
No pregão desta quinta-feira, as ações ordinárias da Petrobras encerraram em queda de 3,87%, a R$ 22,86. Nada mal em comparação com os papéis ordinárias da empresa, que afundaram 4,96%, a R$ 23,19.
Petrobras apura maior lucro já registrado na Bolsa brasileira
Na noite de ontem, a Petrobras reportou um lucro líquido recorde de R$ 59,9 bilhões no quarto trimestre de 2020, revertendo prejuízo de R$ 1,5 bilhão de três meses antes.
Este foi o maior lucro já registrado por uma empresa de capital aberto na Bolsa brasileira. A petroleira atribuiu o resultado à reversão de impairment em R$ 31 bilhões, ganhos cambiais de R$ 20 bilhões e reversão de gastos passados do plano AMS, em R$ 13,1 bilhões, decorrente da revisão de obrigações futuras da empresa.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da empresa ficou em R$ 47,043 bilhões nos três últimos meses de 2020, alta de 41%, contra os R$ 36,529 bilhões no último trimestre de 2019.
A receita de vendas da Petrobras somou R$ 74,972 bilhões entre outubro e dezembro do ano passado, uma queda de 8,3% contra os R$ 81,771 bilhões registrados no mesmo período de 2019.
