Petrobras aplica R$ 6,4 milhões em multas pela Lei Anticorrupção

O diretor de governança e conformidade da Petrobras, Marcelo Zenker, declarou, nesta segunda-feira (9), que a petrolífera aplicou R$ 6,4 milhões em multas para seus fornecedores pela Lei Anticorrupção.

De acordo com Zenker, a Petrobras instaurou 11 processos no âmbito da Lei Anticorrupção somente em 2019. Destes processos, seis já foram concluídos.

“A Lei Anticorrupção traz uma série de atos lesivos. Por exemplo, uma empresa é contratada pela Petrobras e, no momento em que ela vai apresentar documentação para receber uma medição de um contrato, ela apresenta um documento falso. A Petrobras, detectando isso nos seus controles internos, ela vai abrir um processo contra essa empresa e vai aplicar”, afirmou Zenker.

O executivo salientou que a estatal já recebeu R$ 4,2 bilhões recuperados por meio da operação Lava Jato. Neste ano, a petrolífera recebeu R$ 750 milhões.

O presidente da petrolífera, Roberto Castello Branco, disse que o valor das perdas geradas para a companhia com esquemas de corrupção foi subestimado. Em 2014, a estimativa era que a estatal havia perdido cerca de R$ 6 bilhões.

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“De acordo com o balanço divulgado pela Petrobras em abril de 2014 [2015], foi feita uma estimativa de perdas de R$ 6 bilhões. Creio que essa estimativa, por melhor que tenham sido os critérios que orientaram a sua elaboração, não corresponde à realidade”, afirmou Castello Branco.

Vendas de refinarias da Petrobras

As ofertas vinculantes pelas refinarias da Petrobras devem ser entregues no dia 6 de março do ano que vem, de acordo com fontes próximas ao assunto. Antes dessa data ser divulgada, os especialistas estimavam que as ofertas seriam realizadas no início de dezembro deste ano.

Saiba mais: Petrobras receberá propostas por refinarias no dia 6 de março

Um executivo afirmou que os ativos ainda não estão segmentados como uma empresa independente. Dessa forma, os compradores terão que fazer diligências e assegurar os financiamentos.

É importante ressaltar que a Petrobras já mudou outras vezes a data de entrega de propostas vinculantes a pedido dos interessados na compra. Isso, inclusive, aconteceu com a Liquigás. A empresa em questão foi vendida em um novo prazo para a Copagaz, Itaúsa e Nacional Gás.

Giovanna Oliveira

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