Payroll: Número de 235 mil empregos nos EUA frustra mercado e projeções

Em dados recentes do Payroll, foi reportada uma criação de 235 mil empregos em agosto nos Estados Unidos. Os dados, aguardados pelo mercado, foram divulgados na manhã desta sexta-feira (3).

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O resultado ficou bem abaixo da expectativa dos analistas e das projeções de mercado, que previam a geração de 400 mil a 900 mil vagas no último mês, com a mediana em 750 mil.

No mês, os empregadores enxugaram drasticamente as contratações, em meio aos temores pelo avanço da variante Delta, o que poderia causar novas restrições à mobilidade.

Por outro lado, a taxa de desemprego dos EUA recuou de 5,4% em julho para 5,2% em agosto, como se previa. Além disso, o Departamento do Comércio revisou para cima os números de geração de postos de trabalho de julho, de 943 mil para 1,053 milhão, e também de junho, de 938 mil para 962 mil.

Em agosto, o salário médio por hora aumentou 0,56% em relação a julho, ou US$ 0,17, a US$ 30,73. Neste caso, a previsão era de alta menor, de 0,30%. Na comparação anual, houve acréscimo salarial de 4,28% em agosto, também acima do avanço previsto de 3,90%.

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S&P desacelera após frustração com Payroll

O S&P 500, que operava em sólida alta no mercado futuro e caminhava para mais uma máxima histórica, desacelerou após a divulgação da criação de empregos nos EUA em agosto.

Por volta das 12h20, o S&P 500 caía 0,06% para, 4.533,78 pontos. A Nasdaq, por sua vez, avançava 0,13%, para 15.351,26 pontos.

Vale lembrar que os números do Payroll podem influenciar o cronograma do Federal Reserve (Fed) para a redução das políticas de estímulo que apoiaram os mercados desde o ano passado.

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Um recente aumento nas infecções pelo novo coronavírus fez com que os mercados esperassem que a recuperação econômica norte-americana pudesse ser interrompida, fazendo com que o BC dos EUA cortasse a política monetária acomodatícia.

Os setores mais impactados por essa desaceleração evidenciada pelo Payroll foram lazer e hospitalidade, serviços exclusivamente voltados ao contato pessoal. Os segmentos ficaram estáveis após criarem, em média, 350 mil empregos por mês no últimos seis meses.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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